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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Deus tem um plano para sua vida?

Sim. Se Ele não tivesse um plano ele não seria Deus.“Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado.”(Jó 42:2)

Mas Deus não tem só um plano para tudo e para todos. Ele também tem o controle de todas as coisas, tanto nos céus (universo) como na Terra.

Ele é soberano, ou seja, não há em parte alguma vontade que se sobreponha à dele.
“Não há outro deus como tu, ó SENHOR! Quem é santo e majestoso como tu? Quem pode fazer os milagres e as maravilhas que fazes? Estendeste a mão direita, e a terra engoliu os que nos perseguiam. Por causa do teu amor tu guiaste o povo que salvaste; com o teu grande poder tu os levaste para a tua terra santa”(Êxodo 15:11-13)

Então, por que em muitos momentos não sabemos quais são os planos de Deus para a nossa vida? A resposta é simples: não buscamos no lugar certo.

Para saber os planos de Deus não é preciso buscar a resposta nos jornais, nem na TV e nem na Internet.

Os planos de Deus para o mundo e para as nossas vidas estão claramente apresentados na Bíblia.

O plano de Deus refere-se ao aperfeiçoamento de um povo escolhido e que visa à restauração de um mundo vitimado pelo pecado, através da ação mediadora de Cristo. É um plano de aliança, de um pacto de salvação para toda eternidade.  
“A aliança que estou fazendo para sempre com você e com os seus descendentes é a seguinte: eu serei para sempre o Deus de você e o Deus dos seus descendentes.”(Gêneses 17:7)

O assunto principal da Bíblia é apresentar o próprio Deus Salvador. Pois conhecendo ao criador e governador de tudo o que existe é possível saber o que ele fez para nos salvar e confirmar a sua promessa feita, em tempos antigos, a Abraão.
“Mas, quando chegou o tempo certo, Deus enviou o seu próprio Filho, que veio como filho de mãe humana e viveu debaixo da lei para libertar os que estavam debaixo da lei, a fim de que nós pudéssemos nos tornar filhos de Deus.”(Gál 4:4-5)
“E, já que vocês pertencem a Cristo, então são descendentes de Abraão e receberão aquilo que Deus prometeu.”(Gálatas 3:29)

Este ano de 2011 está chegando ao fim e já passou da hora de começarmos a fazer planos para o próximo ano. Porém, é preciso de cuidado ao planejar. Deve existir uma hierarquia de prioridades a serem estabelecidas em nosso planejamento de vida.

Eu não sei qual a ordem de prioridades da sua vida. Mas Deus exige uma prioridade absoluta.
“Portanto, ponham em primeiro lugar na sua vida o Reino de Deus e aquilo que Deus quer, e ele lhes dará todas essas coisas. Por isso, não fiquem preocupados com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã trará as suas próprias preocupações. Para cada dia bastam as suas próprias dificuldades.” (Mateus 6:33-34)

Deus tem um plano para as nossas vidas. E ele executa os planos que traçou de forma maravilhosa. Porém, precisamos conectar os nossos planos aos planos de Deus, livrando-nos das ansiedades e preocupações e buscando orientação em sua Santa Palavra.  

Você já começou a ler este livro precioso? Não espere 2012 chegar. Para muitos ele nunca chegará!


Rodrigo.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Saul, Davi e Salomão – três reis, três corações

“Todo caminho do homem é reto aos seus próprios olhos, mas o SENHOR sonda os corações.”(Prv 21:2)
O verdadeiro interior dos homens é conhecido somente por Deus. Olhamos para as pessoas, mas é possível conhecer apenas o exterior, a fachada. As reais motivações e os sentimentos verdadeiros são conhecidos apenas por Deus.

Na verdade, somos orientados apenas pelas aparências. Conhecemos apenas o mundo das vitrines. Os nossos preconceitos e conceitos, infelizmente, são quase que totalmente construídos a partir apenas das impressões exteriores.

A história de vida dos três primeiros reis de Israel ilustra muito bem a diferença entre a visão superficial humana e a visão daquele que tudo criou

O julgamento dos homens é falho e pecaminoso. Mas a sabedoria e o domínio de Deus sobre todas as coisas, porém, é absoluta e infalível. Deus conhece a essência, pois ele é o Criador Supremo.   

SAUL – CORAÇÃO EGOÍSTA
Saul, o primeiro rei de Israel foi a pura expressão do poder enganoso das aparências. Deus permitiu que o povo de Israel sofresse ao ser governado por um rei vaidoso, soberbo e desobediente. O povo não queria um rei aprovado por Deus, mas um rei que tivesse aparência de rei. Eles queriam imitar as outras nações.

A motivação de Saul era satisfazer aos seus próprios desejos. A desobediência e a vaidade de Saul lhe reservaram um final trágico: a vergonha e o suicídio. “Saul morreu assim porque foi infiel a Deus, o SENHOR. Ele desobedeceu aos mandamentos de Deus e consultou os espíritos dos mortos” (1Cr 10:13)

DAVI – CORAÇÃO CONSAGRADO
Davi, o segundo rei de Israel, foi um escolhido e ungido pelo próprio Deus. Nem mesmo o pai de Davi lhe dava qualquer prestígio ou o estimava. Ele foi o último dos filhos a ser lembrado pelo próprio pai. Todavia, mesmo sem a estatura física de um Rei, ele era um pastor zeloso, valente defensor das ovelhas do pai e extremamente reverente diante do poder de Deus. 

Davi, como qualquer ser humano, cometeu graves pecados; porém, ao contrário de Saul, nunca recorreu aos espíritos enganadores e nem procurou desculpas esfarrapadas para seus pecados. Ele arrependia-se e suplicava pela misericórdia e pelo perdão de Deus.

A motivação de Davi era agradar a Deus em primeiro lugar. E Deus o honrou sobremaneira, garanti-lhe que nunca um descendente dele deixaria de governar o povo de Israel, promessa que se cumpriu logo em seguida, através do reinado de Salomão e para todo o sempre através do reinado eterno de Jesus Cristo. “E, quando você morrer e for sepultado ao lado dos seus antepassados, eu colocarei um dos seus filhos como rei e tornarei forte o reino dele” (1Cr 17:11)

SALOMÃO – CORAÇÃO DIVIDIDO
Salomão, o terceiro rei de Israel, filho de Davi, foi um rei também escolhido por Deus, como cumprimento da promessa feita o pai. No início do seu reinado ele deu demonstração de fidelidade e compromisso. Ele poderia ter pedido qualquer coisa para Deus, mas soube pedir o principal, sabedoria para governar. “Portanto, dá-me sabedoria para que eu possa governar o teu povo com justiça e saber a diferença entre o bem e o mal. Se não for assim, como é que eu poderei governar este teu grande povo?”(1Rs 3:9)

E Deus lhe concedeu não apenas este pedido, mas também glória, poder e riqueza que nunca nenhum outro rei havia possuído antes. Porém, as riquezas e os prazeres corromperam o coração de Salomão ao final de sua vida. Tornou-se Salomão um relativista promíscuo. Já não prestava culto e adoração exclusivamente a Deus. Inclinou-se perante as inúmeras divindades adoradas por suas também inúmeras mulheres. Com resultado, legou para o seu filho problemas insustentáveis que culminaram na divisão do reino.  

A história destes três reis ilustra muito bem a influência que a motivação do coração pode trazer sobre o nosso destino: 
-o coração egoísta (Saul) e que busca apenas uma vida de aparências, resulta em vergonha e morte; 
-o coração consagrado a Deus (Davi) e que busca, dia e noite, conhecer e realizar a vontade de Deus, resulta em honra e vida eterna; 
-o coração dividido (Salomão) e que busca agradar ao mundo e a Deus ao mesmo tempo, resulta em frustração e derrota.

E nós? qual tem sido a motivação dos nossos corações?

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Ana - Sofrimento e Oração, tudo a ver

“E fez um voto, dizendo: "Ó Senhor dos Exércitos, se tu deres atenção à humilhação de tua serva, te lembrares de mim e não te esqueceres de tua serva, mas lhe deres um filho, então eu o dedicarei ao Senhor por todos os dias de sua vida, e o seu cabelo e a sua barba nunca serão cortados". Enquanto ela continuava a orar diante do Senhor, Eli observava sua boca. Como Ana orava silenciosamente, seus lábios se mexiam mas não se ouvia sua voz. Então Eli pensou que ela estivesse embriagada e lhe disse: "Até quando você continuará embriagada? Abandone o vinho! " Ana respondeu: "Não se trata disso, meu senhor. Sou uma mulher muito angustiada. Não bebi vinho nem bebida fermentada; eu estava derramando minha alma diante do Senhor.”(1Sm 1:11-15)

O sofrimento é, infelizmente, um sentimento universal. Não existe neste mundo quem esteja imune a ele. Quando o ser humano resolveu se deliciar com os enganosos frutos da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 2:17), o mundo entrou em um círculo vicioso de nascimento, sofrimento e morte.

O sofrimento acompanha a vida enquanto a morte não chega. A livre escolha que poderia ser feita para o bem, foi feita para o mal. E deu no que deu! Não fosse a misericórdia de Deus em enviar seu filho unigênito ao mundo para se sacrificar em nosso lugar, estaríamos ainda passíveis da danação eterna.

O texto bíblico acima nos mostra o auge da angústia vivida por uma serva de Deus. Ana era uma mulher temente a Deus e fiel cumpridora de seus compromissos familiares. Mas nem por isso estava imune aos sofrimentos. Ela não podia ter filhos. Chega a ser estranho, pois nos dias atuais, para a maioria do mundo ocidental, ter filhos é um grande sofrimento. Mas houve um tempo em que os filhos ainda eram considerados uma benção divina e motivo de honra para os pais!

Exatamente por não poder ter filhos, Ana ainda era obrigada a tolerar, da outra esposa de seu marido, os insultos e a humilhação em razão de sua condição de mulher estéril. Mesmo sendo a preferida do marido, de nada adiantava, pois continuava a suportar o insuportável. Se considerarmos o contexto da época destes fatos, percebemos que a frustração dela é inimaginável.

Pois bem, qual foi a atitude de Ana diante da aflição e da dor? Oração. Mas não foi uma mera oração repetitiva, forçada, decorada, cheia de rituais e misticismo. Ana orou com fervor e com silêncio. Algo que muitos consideram impossível hoje em dia.

Após o homem escolher distanciar-se de Deus, a oração tornou-se meio privilegiado para se resgatar parte da intimidade perdida com a opção pelo pecado. Não raras vezes, as aflições e as angústias da vida são instrumentos que nos permitem parar e ouvir o chamado de Deus para uma reconciliação.   

Assim como hoje, orações verdadeiramente fervorosas estavam esquecidas naquele período histórico. A expressão de fé era mera fachada e ritualismo. Não havia essência de espiritualidade. O próprio sacerdote Eli, omisso na criação de seus filhos, não mais reconhecia a verdadeira busca de Deus através da oração.

Porém, Ana estava além do mundo frívolo que a cercava. A sua busca era por Deus. Ela não buscava um Deus que simplesmente lhe concedesse um filho, como se este fosse um troféu a ser exibido. Mas orava em busca do Deus único, vivo e verdadeiro, a quem ele iria oferecer este filho ao serviço de Deus por toda a vida. Ela queria um filho para Deus e não para si própria.

Será que ao oramos, se é que temos orado sinceramente, estamos buscando um compromisso sério com Deus ou simplesmente praticando um ritualismo vazio ou mesmo tentando fazer uma barganha desrespeitosa. Ana comprometeu-se com Deus em oração e Deus a ouviu.

A razão dos nossos pedidos em oração têm sido a glória e o serviço de Deus ou os nossos próprios prazeres?