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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

José do Egito – fidelidade a Deus, apesar das circunstâncias


“Mas o SENHOR estava com ele e o abençoou, de modo que ele conquistou a simpatia do carcereiro. Este pôs José como encarregado de todos os outros presos, e era ele quem mandava em tudo o que se fazia na cadeia. O carcereiro não se preocupava com nada do que estava entregue a José, pois o SENHOR estava com ele e o abençoava em tudo o que fazia” (Gêneses 39:21-23)

Talvez você não nunca tenha percebido, mas a história de José do Egito, filho de Jacó, é a que mais espaço ocupa no livro de Gêneses. O relato sobre sua vida começa no capítulo 37 e vai até o final do livro. E a razão é fácil de compreender. José é um dos maiores exemplos de fidelidade a Deus independente de qualquer situação.

Uma das desculpas mais comuns para os fracassos na vida é atribuir a culpa aos problemas familiares: “se eu fosse filho de rico”, “devia ter nascido em um lar diferente”, “eu não era o filho preferido”, “meus pais nunca me deram oportunidade”, “as pessoas lá em casa não gostam de mim” e por aí vai uma infinidade de desculpas para as frustrações.

José teria todos os motivos para ser um adolescente revoltado, frustrado e desanimado com vida: ele era invejado pelos irmãos mais velhos porque era o filho predileto do pai; os irmãos que o odiavam eram filhos de outra mulher; sua mãe já havia morrido; o pai já era velho; e ele ainda era o único que tinha um contato pessoal com Deus, o que aumentava a inveja não só dos irmãos, mas conquistou até mesmo a contrariedade do pai que não o compreendia. 

A maioria dos jovens de hoje, por muito menos, entram em desespero e se afundam em tribos esquizofrênicas, adquirem manias bizarras, desfiguram o corpo etc.   

Mas não bastasse o clima de intriga e inveja, os irmãos ainda conspiraram contra a vida de José. E se não fosse a intervenção de Deus, ele poderia ter sido assassinado pelos próprios irmãos. A história de Jose é a demonstração mais clara da atuação soberana de Deus sobre a vida dos seres humanos. Mas ele não saiu ileso, foi vendido e acabou tornando-se escravo no Egito, no meio de um povo de costumes e tradições religiosas completamente opostas à suas.   

José teria todos os motivos do mundo para se tornar um jovem amargurado, mas ele optou pela fidelidade, apesar das circunstâncias. E mesmo sendo escravo, ele não abriu mão de seus princípios e executava suas funções com competência e fidelidade. Ele foi uma benção para o seu dono e a recompensa foi tornar-se mordomo de toda a casa. Porém, mais uma vez ele foi vítima de uma terrível conspiração. Ao fugir da tentação do adultério, José foi tido por infiel ao seu senhor e condenado à prisão. Ser preso por cometer um crime não é fácil, imagine ser preso por fazer a coisa certa!

José teria todos os motivos para ser um presidiário amotinado e violento, pois estava preso injustamente. Mas ele compreendia a soberania e o poder de Deus, pois tinha intimidade com ele desde a infância. Até mesmo na prisão ele se destacou e tornou-se exemplo de serviço, ele foi uma benção naquele lugar deprimente.

Sob a perspectiva humana, José teria bons motivos para ser um adolescente revoltado que se torna um jovem amargurado e que terminaria sua vida morrendo em uma cela de prisão após liderar uma revolta. E a sociologia e a psicologia, por exemplo, lhe dariam toda razão ao analisar seu histórico de vida.

Porém, a fidelidade a Deus é a única força capaz de realmente transformar uma vida de derrotas em uma vida de vitórias. José não se tornou próspero e bem sucedido depois que deixou de ser escravo e nem depois que saiu da prisão. Ele já era próspero e bem sucedido mesmo antes de sua vida dar uma reviravolta total. Ele foi um escravo fiel e um preso fiel.

O segredo do sucesso de José e que serve para todos nós é ser fiel, apesar das circunstâncias.

Leia a lição 06 e o livro de Gêneses a partir do capítulo 37. 

domingo, 25 de setembro de 2011

Jacó - uma vida transformada


“Deus disse a Jacó: —Apronte-se, vá para Betel e fique morando lá. Em Betel construa um altar e o dedique a mim, o Deus que lhe apareceu quando você estava fugindo do seu irmão Esaú. Então Jacó disse à sua família e a todos os que estavam com ele: —Joguem fora todas as imagens dos deuses estrangeiros que vocês têm. Purifiquem-se e vistam roupas limpas. Aprontem-se, que nós vamos para Betel. Ali vou fazer um altar dedicado ao Deus que me ajudou no tempo da minha aflição e que tem estado comigo em todos os lugares por onde tenho andado” (Gênesis 35:1-3)

Depois de duas análises anteriores sobre a frustrante esperteza de Jacó e suas tristes conseqüências, façamos algumas breves considerações sobre a transformação que Deus operou na vida dele.
Quando Deus se apresentou para Jacó em Betel sua vida iniciou um processo de transformação lenta, porém radical.

Jacó estava perdido na vida, pois estava fugindo do irmão, distanciando-se de sua família, sentido um medo danado de morrer em razão de suas trapaças e golpes. E, realmente, ele corria grandes riscos. Mesmo assim, Jacó não estava buscando a Deus, ele estava buscando uma fuga. E foi Deus quem o encontrou deitado sobre um travesseiro de pedra.

Na nossa vida também é assim. Nossa natureza pecaminosa, contaminada desde Adão e que nos inclina somente para o mal, nos impede de buscar a Deus. É como se estivéssemos dormindo em travesseiros de pedra. É por isso que Deus é quem se apresenta a nós. “Não foram vocês que me escolheram; pelo contrário, fui eu que os escolhi para que vão e dêem fruto e que esse fruto não se perca. Isso a fim de que o Pai lhes dê tudo o que pedirem em meu nome” (João 15:16)

A partir daquele momento a vida de Jacó não foi mais a mesma. Ele aprendeu duras lições. Foi trapaceado pelo sogro. Foi o obrigado a casar-se com duas esposas. A sua esposa amada não podia lhe dar filhos e isso lhe trouxe grandes angústias. Quando, finalmente, sua esposa Raquel lhe deu filhos, a alegria não durou muito. Após o nascimento do segundo filho de Raquel ela morreu. Alguns anos depois, José, o filho preferido de Jacó foi dado como morto e passou muitos anos distante do pai. A vida de Jacó foi sofrida, mas ele era um homem diferente, pois sabia ser alvo das promessas de Deus.

Jacó lutou com Deus, mas Deus o salvou e o transformou. A salvação que vem de Deus necessariamente envolve transformação. A vida transformada é evidência da salvação. Foi assim com Jacó e é assim conosco também. Deus mudou o nome e a vida de Jacó. Agora ele seria Israel, um nome que demonstra que Deus luta a nosso favor e que só ele é capaz de vencer nossa natureza pecaminosa e nos dar uma nova natureza. Após lutar, Jacó ficou fisicamente manco, mas espiritualmente íntegro diante de Deus. 


Os sofrimentos tornaram Jacó um homem obediente e o fizeram compreender que é Deus quem manda. Deus é quem está no controle e sua vontade sempre prevalece. Cabe ao homem ser obediente, reverente, ter temor e amor a Deus. Nossos sofrimentos, quase sempre, são um sinal de alerta que Deus nos dá para que tenhamos uma vida de submissão. Para evitar maiores sofrimentos, então, é importante buscar os caminhos traçados por Deus em sua Santa Palavra. 

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Jacó e o problema da esperteza – parte 2


“Eis que eu estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te farei voltar a esta terra, porque te não desampararei, até cumprir eu aquilo que te hei referido” (Gênesis 28:15)
Como já vimos antes, Jacó sofreu terrivelmente por se achar mais esperto e por tentar fazer prevalecer os planos de Deus através das trapaças humanas. É um comportamento muito comum nos crentes de hoje em dia também.  

Porém, apesar da nossa obstinação em desagradar a Deus, ele não nos desampara. Foi assim na vida de Jacó. Ele não deixou de ser amparado por Deus em nenhum momento. Mas não foi poupado dos sofrimentos: teve de fugir, ficou distante dos pais e foi enganado pelo sogro.   

Quando Deus disse a Jacó que “iria cumprir aquilo que te hei referido”, ele estava afirmando que iria iniciar um processo de transformação na vida de Jacó. E assim o fez! Deus sabia dos desvios no caráter de Jacó, mas iria começar a moldá-lo e transformá-lo.

Nossa relutância em tentar caminhar sem a orientação de Deus nos faz cair em buracos a todo instante. Jacó caiu em vários. Mas a mão Deus o resgatou, o livrou e o restaurou.

O processo de restauração de Jacó foi doloroso. Ele se apaixonou por uma bela jovem e quis se casar com ela. Mas o pai dela era ainda mais esperto do que Jacó; é sempre assim, os espertos sempre são enganados por outros ainda mais espertos. O limite da esperteza humana é o castigo de Deus!

Sabendo do interesse de Jacó, seu sogro lhe submeteu a trabalhar sete anos para obter a permissão para o casamento. Trabalhou e conseguiu se casar; não com a bela jovem, mas com a irmã mais velha e mais feia. 

E, mesmo assim, só conseguiu se casar com sua amada sob a condição de trabalhar ainda mais sete anos.Trabalhou, ao todo, 14 anos para o sogro e ainda teve de aturar duas esposas. Uma esposa já é complicado, imaginem duas! E para piorar a situação, a sua preferida era estéril e não pode lhe dar filhos por muitos anos. Quantos sofrimentos, angústias e frustrações sofreu o “espertalhão” Jacó no processo de restauração de Deus!     

É assim mesmo que Deus faz para moldar e transformar o pecador redimido. Pouco a pouco, num processo de santificação contínua, Deus vai permitindo que as experiências e as frustrações nos tornem sensíveis e submissos à sua vontade. 

É a partir daí que surgem grandes transformações e que a verdadeira felicidade começar a brotar em nossos corações regenerados. Por isso, quanto antes nos rendermos a Deus, quanto antes nos livraremos da culpa e das duras conseqüências do pecado!  

No próximo post nós vamos tratar sobre o Jacó transformado por Deus.

Não se esqueça de ler a lição 05 e os capítulos 28 a 33 de Gênesis.

sábado, 17 de setembro de 2011

Jacó e o problema da esperteza – Parte 1


Nos próximos dois domingos nós discutiremos sobre um pouco da história de Jacó, o terceiro dos patriarcas hebreus que estamos estudando; ele é filho de Isaque e neto de Abraão. Como seu pai e avô, Jacó também foi um homem alvo das promessas de Deus.

O foco do nosso estudo sobre Jacó será a transformação que Deus operou ao longo de sua vida. Entenderemos que Deus também atua em nossas vidas, às vezes de forma muito estranha e enigmática, mas nunca nos abandona!

Esperteza cultural
Mas, primeiro, vamos tratar da vã esperteza de Jacó. Mas antes, destacamos que é estranho no Brasil tratar a esperteza como um problema, pois a nossa cultura nos incentiva a apreciá-la como mérito. Prova disso é o caráter da maioria dos representantes que elegemos. Todavia, o padrão de Deus é exatamente o inverso disso. “A vida da pessoa honesta é cheia de felicidade, mas quem tem pressa de enriquecer não fica sem castigo” (Provérbios 28:20)

A história de Jacó é a prova viva de que Deus age soberanamente em nossas vidas, mesmo quando lutamos contra a sua vontade e tentamos dar, espertamente, uma “mãozinha” aos planos de Deus. Ele atua porque é Deus vivo. Ele salva, mesmo contra a vontade do ser humano pecador.

Esperteza em Família
Lamentavelmente, a própria família de Jacó contribuiu para muitas idiotices que ele fez, mas nada tira sua responsabilidade pessoal. Todos nós somos responsáveis por nossas atitudes. Mas, assim como nós, Jacó se aproveitou de seus problemas familiares para desobedecer a Deus.

O esperto sempre acha que existem atalhos para se fazer a coisa certa!

E Deus teve de agir para desfazer as tolices de Jacó; porém, não lhe livrou dos sofrimentos, frutos de suas atitudes impensadas.

Deus tinha grandes planos para a vida de Jacó antes mesmo dele nascer. Ele tinha um irmão gêmeo – Esaú - que nasceu primeiro; Jacó nasceu logo em seguida. Mas antes disso, Deus já havia determinado aos seus pais que o mais velho serviria ao mais novo, ou seja, Esaú é quem deveria servir a Jacó: “.... e o mais velho será dominado pelo mais moço”(Gêneses 25:23)

Deus não se limita aos costumes e nem às tradições humanas, ele é soberano!

Mas Isaque e Rebeca, pais dos gêmeos, deixaram que suas preferências pessoais por cada um dos filhos fossem maiores do que a obediência à ordem de Deus: “Isaque amava mais Esaú porque gostava de comer da carne dos animais que ele caçava. Rebeca, por sua vez, preferia Jacó” (Gêneses 25:28)

Esperteza, negociação e engano
Jacó imaginou, então, que poderia “negociar” com seu irmão para obter os direitos de primogenitura, pois percebia que seu pai nunca lhe garantiria tal direito pelas vias normais. 

Esse é o outro problema do esperto! Ele nunca pensa que existe uma mão superior que governa todas as coisas e nem que existe um olho superior que a tudo observa.

E não bastando ter se aproveitado da fraqueza moral e espiritual de seu irmão Esaú, Jacó ainda se aliou à própria mãe para trapacear contra seu pai Isaque, aproveitando-se de sua fraqueza física. Isaque abençoou Jacó por engano, pois estava cego. Hoje em dia ele poderia ser enquadrado no Estatuto do Idoso!

Esperteza e seus resultados
E Jacó conquistou a ira mortal de seu irmão. “Esaú disse: —Esta é a segunda vez que ele me engana. Foi com razão que puseram nele o nome de Jacó. Primeiro ele me tirou os direitos de filho mais velho e agora tirou a bênção que era minha. Pai, será que o senhor não guardou nenhuma bênção para mim? .... Esaú ficou com ódio de Jacó porque o seu pai tinha dado a ele a bênção. Então pensou assim: “O meu pai vai morrer logo. Quando acabarem os dias de luto, vou matar o meu irmão. ” (Gêneses 27:36;41)

Como resultado, Jacó foi obrigado a fugir para uma terra distante. Sofreu as consequencias de seu pecado. E nunca mais vou a ver sua mamãe querida. Rebeca foi punida, pois perdeu a convivência com seu filho preferido! Mas isso foi só o começo, pois o enganador também é enganado!

Como são tristes e passageiras as recompensas que cabem aos espertos! 

domingo, 11 de setembro de 2011

Isaque – aprendendo a confiar em Deus


“Daí a pouco o menino disse: —Pai! Abraão respondeu: —Que foi, meu filho? Isaque perguntou: —Nós temos a lenha e o fogo, mas onde está o carneirinho para o sacrifício? Abraão respondeu: —Deus dará o que for preciso; ele vai arranjar um carneirinho para o sacrifício, meu filho. E continuaram a caminhar juntos” (Gêneses 22:7-8)
VONTADE DE DEUS, TEMPO DE DEUS
Aprender a confiar em Deus, significa desenvolver dois deveres básicos: o primeiro é o dever de se submeter à vontade de Deus; o segundo é o dever de se submeter ao tempo de Deus. Na vida de Isaque, assim como na de seu pai Abraão, percebemos a disposição de homens que aprenderam a submissão à vontade de Deus, no tempo determinado pelo próprio Deus.

Infelizmente, gostamos de fazer somente a nossa vontade e no tempo em que desejamos. Achamos que liberdade é realizar os nossos desejos. O resultado é o fracasso, a escravidão e a ansiedade.

A história de Isaque que vimos hoje na lição da escola dominical nos apontou o caminho que conduz à verdadeira liberdade e satisfação: aprender a confiar em Deus. Isaque soube desenvolver a sua confiança em Deus através da submissão à sua vontade e no seu tempo.

SALVAÇÃO DE DEUS
Nos versículos acima, percebemos que tanto Isaque como Abraão sabiam que Deus seria fiel em suas promessas. Abraão já havia aprendido a não pegar atalhos para ver o cumprimento das promessas de Deus. E Isaque, que ainda era um rapazinho, já estava aprendendo a confiar no Deus de seu pai. Ambos esperavam pela salvação vinda de Deus.

E Deus sempre envia a salvação no momento certo. Primeiro ele providenciou um cordeiro para o sacrifício no lugar de Isaque, salvando assim sua vida, garantindo que Abraão tivesse descendência; e em segundo, ele providenciou Jesus Cristo, o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, garantindo a nossa salvação.   

ORAÇÃO E PACIÊNCIA
O nosso Deus Eterno sempre nos envia tudo o que precisamos, e no momento certo. A atitude inicial que devemos ter é a de submissão e paciência. E como estas não são atitudes naturais à natureza pecaminosa do ser humano, devemos começar a desenvolvê-la a partir da oração. Isaque estava meditando, possivelmente orando mesmo, quando se encontrou pela primeira vez com sua já escolhida esposa. A providência de Deus já havia lhe garantido uma esposa. Todavia, muitos imaginam erradamente que seus desejos e sentimentos é que devem ditar suas escolhas. É um triste erro! Nossas escolhas devem ser determinadas em função dos princípios de Deus e não das nossas vontades contaminadas pelo pecado.

SUPERAÇÃO E VITÓRIA
Isaque compreendia a importância de uma vida pacífica e submissa à vontade de Deus. Ele não brigou e nem entrou em guerra quando seus inimigos destruíram os poços que ele e seu pai havia cavados. Ele cavou outros em outros lugares e assim aprendeu a viver uma vida de superação aos problemas. Ele expandia os seus horizontes para vencer as adversidades. Por isso, Deus o tornou próspero e riquíssimo. Ele vivia acima dos problemas, sua vida estava no nível de Deus!

Adolescentes visitando a classe!




Nós sabemos que Isaque também cometeu graves erros e iremos discutir mais sobre isso na próxima lição quando tratarmos sobre a vida de seu filho Jacó. A vida dos servos de Deus narradas na Bíblia possuem também como propósito nos mostrar que o importante é imitarmos o que é positivo e precavermos do que é negativo. Isto é sabedoria vinda de Deus!    

Que as nossas vidas estejam sendo niveladas segundo a vontade de Deus e no tempo de Deus, para que possamos desfrutar com alegria da salvação gratuita em Jesus Cristo. Que estejamos desenvolvendo uma vida de oração e paciência para superar os problemas com grandeza de espírito e desfrutarmos das vitórias que só Deus pode nos dar!
    

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Isaque e a sobrevivência em um lar problemático


“Naquela noite o SENHOR apareceu a ele e disse: —Eu sou o Deus de Abraão, o seu pai. Não tenha medo, pois eu estou com você. Por causa do meu servo Abraão, eu abençoarei você e farei com que os seus descendentes sejam muitos" (Gênesis 26:24)
Parece estranho falar sobre Isaque, filho de Abraão e de Sara – servos exemplares de Deus, como sendo alguém que viveu em um lar problemático. Será que estamos duvidando da capacidade de Abraão como chefe de família? Não. Simplesmente, estamos reconhecendo que tais personagens são gente como a gente e que problemas familiares não é nenhuma novidade inventada pelo mundo moderno. A diferença está nas maneiras de lidar e de “sobreviver” a estes problemas.

Vejamos algumas fontes de problemas existentes na família de Isaque e que também estão presentes em muitos lares hoje em dia: 
a) os pais de Isaque já eram extremamente idosos quando ele nasceu, isso gera um inevitável conflito de gerações; 
b) Abraão teve um filho fora do casamento, gerando sérios conflitos após o nascimento de Isaque, pois Ismael, seu meio-irmão mais velho, zombava dele
c) os padrões morais e espirituais dos povos que habitavam a região em que Abraão vivia eram completamente opostos aos de sua família.

Isaque, humanamente falando, teria de tudo para ser um rapaz problemático e de difícil convivência, assim como muitos de nós fomos ou ainda somos hoje em dia. Não são poucos os adolescentes e jovens que se afundam em drogas e outros vícios e depois colocam a culpa em problemas familiares menores do que aqueles enfrentados por Isaque.

Então, como que Isaque conseguiu superar estes problemas familiares e tornar-se um homem vitorioso e próspero, e ainda ser reconhecido como alguém pacificador? É simples: aprendendo a confiar em Deus.

Desde jovem, Isaque foi instruído a confiar no Deus de seu pai. Ele compreendeu que Deus opera muito além da compreensão humana. Ele viu que Deus providenciou um cordeiro para que sua vida fosse poupada. Abraão, em obediência a Deus, iria sacrificá-lo, mas Deus o salvou. 

Ele viu, então, que Deus governava não só a vida de seu pai, mas também tinha planos para a sua própria vida. Por isso, fica claro que Isaque é uma clara representação da vinda de Cristo, o cordeiro que morreu em nosso lugar para nos salvar.   

Isaque reconhecia que sua família, apesar dos problemas, seguia ao Deus altíssimo e fiel em suas promessas. Ao contrário dos povos ao seu redor que eram idólatras, hostis a Deus e praticantes de todo o tipo de abominações e pecados, a família de Isaque buscava ao Deus único e verdadeiro

Ele compreendia o plano de Deus e aceitou até mesmo casar-se com uma moça disposta a seguir os mesmos princípios religiosos e morais dele, apesar de nem mesmo conhecê-la. Está aí a prova de que o que preserva um relacionamento é a disposição de ambos em seguir um mesmo princípio religioso.

Porém, Isaque cometeu alguns erros sérios em sua vida adulta e também na velhice. Assim como Abraão, ele mentiu sobre o verdadeiro relacionamento entre ele e sua esposa por medo de morrer. E, mais tarde, ele teve preferência por um de seus filhos e não deu a devida atenção à determinação de Deus de que o mais velho (Esaú) serviria ao mais moço (Jacó).   

Bom, após estas considerações iniciais sobre a vida de Isaque, lembramos os alunos de que no domingo todos devem chegar à aula dispostos a participarem da discussão e dos questionamentos. Para tanto, é fundamental a leitura da lição 4 e também dos capítulos 21,22,25 e 26 do livro de Gênesis. Até domingo, se Deus o permitir!  

domingo, 4 de setembro de 2011

Sara e o segredo da obediência feminina....

E a aula de hoje foi realmente cheia de polêmicas. A história de Sara e as características do seu comportamento renderam uma acirrada discussão sobre o papel da mulher no relacionamento familiar.

A Bíblia nos apresenta Sara como uma mulher obediente ao seu marido nas circunstâncias mais questionáveis possíveis. Não há nenhum relato sobre sua possível contrariedade em acompanhar o marido em suas peregrinações por terras estranhas. Ela também não se revoltou com o marido ao ser induzida a mentir sobre o verdadeiro relacionamento de ambos.

Priscila e Jaeder Júnior,
noivos e felizes
E a grande questão é: por que Sara foi tão obediente ao seu marido? No contexto familiar que vivemos no século XXI é praticamente impensável um comportamento como o de Sara, e isso foi consenso entre os alunos da classe, exceto para o aluno Jaeder Júnior, pois a sua noiva Priscila comprometeu-se durante a aula a ser ainda mais obediente do que Sara. É compreensível esse tipo de promessa para um casal que cujo noivado aconteceu a menos de dois dias!

Daí, o professor propôs um estudo de caso e criou o seguinte cenário: imaginem um marido que diz ter sido chamado por Deus para desenvolver um trabalho missionário em uma região distante do país ou mesmo fora dele. Ele comunica o seu possível chamado à esposa. Porém, ela fica indignada e se recusa a acompanhá-lo. Então, o que ele deve fazer? Deverá seguir o chamado de Deus ou ficar com a esposa?

Priscila, visitando
a classe
A sala ficou dividida entre as duas possíveis respostas. De um lado, ficaram os alunos que entendem que ele deveria obedecer a Deus e não à esposa. De outro lado, aqueles que entenderam que por ser uma só carne e diante do compromisso do casamento, ele deveria ficar com a esposa. Uma das participantes da aula chegou a desabafar: “Com certeza o marido iria deixar a esposa, pois homem deixa a mulher por qualquer motivo mesmo, quanto mais se for por um chamado de Deus

E realmente a polêmica se instalou. Mas, cientes de que a Bíblia não se contradiz, foi à luz da Palavra de Deus que se elucidou a questão e também descobrimos o segredo da obediência de Sara.
A questão do chamado de Deus é algo muito importante para a vida do cristão. Todo cristão tem um chamado de Deus para exercer algum tipo de ministério, conforme os dons que o próprio Deus nos dá. Muitos, no entanto, confundem esse chamado e deixam-se influenciar pelos desejos pessoais, pois enganoso é o coração do homem.

Seja qual for o chamado, ele deve ser sempre confirmado em oração e mediante o criterioso estudo da Palavra de Deus, sob orientação do Espírito Santo. E, no caso de um chamado que envolva os destinos da família, implica também na confirmação, mediante a aceitação e submissão do cônjuge, em caso de pessoas casadas, é claro. Daí, a grande preocupação que o crente solteiro deve ter com o casamento! Se não se preocupou antes, depois não adianta reclamar!

“e, com sua mulher, serão os dois uma só carne. De modo que já não são dois, mas uma só carne” (Mar 10:8)

Realmente, sendo uma só carne, não é aceitável que haja divisão, ou melhor, destruição da família em prol de um pseudo chamado, pois o verdadeiro chamado de Deus nunca envolverá a ruína da família. Deus instituiu a família, ele é o seu sustentador e não o seu destruidor. O que destrói a família é pecado do homem, e não o chamado de Deus!

“A esposa não manda no seu próprio corpo; quem manda é o seu marido. Assim também o marido não manda no seu próprio corpo; quem manda é a sua esposa... Cada um deve continuar vivendo de acordo com o dom que o Senhor lhe deu e na condição em que se encontrava quando Deus o chamou. É essa a regra que eu ensino em todas as igrejas... Mas o homem casado se interessa pelas coisas deste mundo porque quer agradar a sua esposa”(1Co 7:4,17,33)

Descobrimos, assim, o segredo da obediência de Sara: ela foi obediente porque o seu marido era um homem escolhido por Deus para uma grande missão. A pessoa casada deve se preocupar em agradar ao companheiro, isso é mandamento bíblico, por isso, o solteiro deve procurar alguém com a mesma fé, para que ao se agradarem mutuamente, também agradem a Deus. Infelizmente, muitos são os que têm se confundido no chamado de Deus porque não buscam um casamento segundo os preceitos de bíblicos. Sara foi obediente porque Deus colocou a obediência em seu coração, mudando a natureza das coisas.

Só o poder de Deus pode mudar a natureza pecaminosa do homem em uma natureza santa. Neste início de século XXI não está na “moda” que as mulheres obedeçam aos seus maridos e nem que os maridos amem as suas esposas a ponto de dar a própria vida por amor delas, pois a idolatria pessoal e o amor aos valores do mundo estão sufocando o amor a Deus. Lembre-se, porém, de que não é o mundo que nos dá a vida eterna ao lado de Deus!!!

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Sara: uma mulher obediente....

“Porque era assim que costumavam se enfeitar as mulheres do passado, as mulheres que eram dedicadas a Deus e que punham a sua esperança nele. Elas eram obedientes ao seu marido. Sara foi assim; ela obedecia a Abraão e o chamava de “meu senhor”. Você será agora sua filha se praticar o bem e não tiver medo de nada” (1Pe 3:5-6)

Acho que no domingo a nossa lição de escola dominical será polêmica. Vamos estudar um pouco sobre a vida de Sara, mulher de Abraão. Assim como o marido, o nome de Sara também foi mudado por Deus, antes ela se chamava Sarai. Recomendo a leitura da revista e dos capítulos 18, 20, 21 e 23 de Gêneses para melhor compreensão da lição.

O nome “Sara”, provavelmente, estava ligado à nobre de sua descendência. Dela surgiria uma linhagem separada pelo próximo Deus e que culminaria com o nascimento, várias gerações depois, do nosso Salvador e Senhor, Jesus Cristo.

Bom, mas a polêmica que eu acho que vai surgir durante a aula é em razão da questão da obediência de Sara ao seu sogro, ao seu marido e a Deus. Realmente, a Bíblia nos permite entender que Sara era uma mulher obediente, até mesmo em relação aos desatinos do marido Abraão. Veja, Abraão praticamente a ofereceu como esposa a Faraó e depois a Abimeleque. E nada é mencionado a respeito de sua revolta com tamanha humilhação e covardia do marido, ao contrário, ele sempre se mostrou passiva.

Além disso, percebemos que em nenhum momento Sara questiona os planos do marido em relação às constantes mudanças de região. É possível que eles tivessem uma vida confortável na Mesopotâmia antes de Deus chamar a Abraão. Eu fico imaginado isso nos dias de hoje. Qual seria a reação de uma mulher do século XXI em acompanhar um marido que estivesse mudando de uma cidade próspera para um região pobre e seca em razão do compromisso dele com Deus?

Que Sara também tinha grandes defeitos, todos nós o sabemos, principalmente, quem participou da lição de semana passada. Pois Sara ofereceu sua escrava Agar ao marido para que por meio desta fosse gerada uma descendência para Abraão. O resultado foi o nascimento de Ismael e também o nascimento dos conflitos na família. Ela também deu risada e duvidou de Deus ao saber que poderia ser mãe de um filho já estando próxima dos cem anos de vida.

Apesar disso, vejo que Sara tinha em si uma determinação e um propósito de vida bem definido. Ela sabia do compromisso sério de seu marido com Deus e de que no final das contas, Deus iria sempre prover a salvação de sua família e de suas vidas. Mesmo tentando desastrosamente dar um “jeitinho” nos planos de Deus, ela demonstra que acreditava na promessa de Deus, ainda que de forma distorcida.

O que muitos podem hoje considerar excesso de submissão, é, para quem tem a verdadeira fé salvadora, simplesmente a consciência e a certeza de que a melhor escolha, nos momentos de ansiedade, é sempre esperar a atuação poderosa e salvadora de Deus.