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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Deus tem um plano para sua vida?

Sim. Se Ele não tivesse um plano ele não seria Deus.“Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado.”(Jó 42:2)

Mas Deus não tem só um plano para tudo e para todos. Ele também tem o controle de todas as coisas, tanto nos céus (universo) como na Terra.

Ele é soberano, ou seja, não há em parte alguma vontade que se sobreponha à dele.
“Não há outro deus como tu, ó SENHOR! Quem é santo e majestoso como tu? Quem pode fazer os milagres e as maravilhas que fazes? Estendeste a mão direita, e a terra engoliu os que nos perseguiam. Por causa do teu amor tu guiaste o povo que salvaste; com o teu grande poder tu os levaste para a tua terra santa”(Êxodo 15:11-13)

Então, por que em muitos momentos não sabemos quais são os planos de Deus para a nossa vida? A resposta é simples: não buscamos no lugar certo.

Para saber os planos de Deus não é preciso buscar a resposta nos jornais, nem na TV e nem na Internet.

Os planos de Deus para o mundo e para as nossas vidas estão claramente apresentados na Bíblia.

O plano de Deus refere-se ao aperfeiçoamento de um povo escolhido e que visa à restauração de um mundo vitimado pelo pecado, através da ação mediadora de Cristo. É um plano de aliança, de um pacto de salvação para toda eternidade.  
“A aliança que estou fazendo para sempre com você e com os seus descendentes é a seguinte: eu serei para sempre o Deus de você e o Deus dos seus descendentes.”(Gêneses 17:7)

O assunto principal da Bíblia é apresentar o próprio Deus Salvador. Pois conhecendo ao criador e governador de tudo o que existe é possível saber o que ele fez para nos salvar e confirmar a sua promessa feita, em tempos antigos, a Abraão.
“Mas, quando chegou o tempo certo, Deus enviou o seu próprio Filho, que veio como filho de mãe humana e viveu debaixo da lei para libertar os que estavam debaixo da lei, a fim de que nós pudéssemos nos tornar filhos de Deus.”(Gál 4:4-5)
“E, já que vocês pertencem a Cristo, então são descendentes de Abraão e receberão aquilo que Deus prometeu.”(Gálatas 3:29)

Este ano de 2011 está chegando ao fim e já passou da hora de começarmos a fazer planos para o próximo ano. Porém, é preciso de cuidado ao planejar. Deve existir uma hierarquia de prioridades a serem estabelecidas em nosso planejamento de vida.

Eu não sei qual a ordem de prioridades da sua vida. Mas Deus exige uma prioridade absoluta.
“Portanto, ponham em primeiro lugar na sua vida o Reino de Deus e aquilo que Deus quer, e ele lhes dará todas essas coisas. Por isso, não fiquem preocupados com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã trará as suas próprias preocupações. Para cada dia bastam as suas próprias dificuldades.” (Mateus 6:33-34)

Deus tem um plano para as nossas vidas. E ele executa os planos que traçou de forma maravilhosa. Porém, precisamos conectar os nossos planos aos planos de Deus, livrando-nos das ansiedades e preocupações e buscando orientação em sua Santa Palavra.  

Você já começou a ler este livro precioso? Não espere 2012 chegar. Para muitos ele nunca chegará!


Rodrigo.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Saul, Davi e Salomão – três reis, três corações

“Todo caminho do homem é reto aos seus próprios olhos, mas o SENHOR sonda os corações.”(Prv 21:2)
O verdadeiro interior dos homens é conhecido somente por Deus. Olhamos para as pessoas, mas é possível conhecer apenas o exterior, a fachada. As reais motivações e os sentimentos verdadeiros são conhecidos apenas por Deus.

Na verdade, somos orientados apenas pelas aparências. Conhecemos apenas o mundo das vitrines. Os nossos preconceitos e conceitos, infelizmente, são quase que totalmente construídos a partir apenas das impressões exteriores.

A história de vida dos três primeiros reis de Israel ilustra muito bem a diferença entre a visão superficial humana e a visão daquele que tudo criou

O julgamento dos homens é falho e pecaminoso. Mas a sabedoria e o domínio de Deus sobre todas as coisas, porém, é absoluta e infalível. Deus conhece a essência, pois ele é o Criador Supremo.   

SAUL – CORAÇÃO EGOÍSTA
Saul, o primeiro rei de Israel foi a pura expressão do poder enganoso das aparências. Deus permitiu que o povo de Israel sofresse ao ser governado por um rei vaidoso, soberbo e desobediente. O povo não queria um rei aprovado por Deus, mas um rei que tivesse aparência de rei. Eles queriam imitar as outras nações.

A motivação de Saul era satisfazer aos seus próprios desejos. A desobediência e a vaidade de Saul lhe reservaram um final trágico: a vergonha e o suicídio. “Saul morreu assim porque foi infiel a Deus, o SENHOR. Ele desobedeceu aos mandamentos de Deus e consultou os espíritos dos mortos” (1Cr 10:13)

DAVI – CORAÇÃO CONSAGRADO
Davi, o segundo rei de Israel, foi um escolhido e ungido pelo próprio Deus. Nem mesmo o pai de Davi lhe dava qualquer prestígio ou o estimava. Ele foi o último dos filhos a ser lembrado pelo próprio pai. Todavia, mesmo sem a estatura física de um Rei, ele era um pastor zeloso, valente defensor das ovelhas do pai e extremamente reverente diante do poder de Deus. 

Davi, como qualquer ser humano, cometeu graves pecados; porém, ao contrário de Saul, nunca recorreu aos espíritos enganadores e nem procurou desculpas esfarrapadas para seus pecados. Ele arrependia-se e suplicava pela misericórdia e pelo perdão de Deus.

A motivação de Davi era agradar a Deus em primeiro lugar. E Deus o honrou sobremaneira, garanti-lhe que nunca um descendente dele deixaria de governar o povo de Israel, promessa que se cumpriu logo em seguida, através do reinado de Salomão e para todo o sempre através do reinado eterno de Jesus Cristo. “E, quando você morrer e for sepultado ao lado dos seus antepassados, eu colocarei um dos seus filhos como rei e tornarei forte o reino dele” (1Cr 17:11)

SALOMÃO – CORAÇÃO DIVIDIDO
Salomão, o terceiro rei de Israel, filho de Davi, foi um rei também escolhido por Deus, como cumprimento da promessa feita o pai. No início do seu reinado ele deu demonstração de fidelidade e compromisso. Ele poderia ter pedido qualquer coisa para Deus, mas soube pedir o principal, sabedoria para governar. “Portanto, dá-me sabedoria para que eu possa governar o teu povo com justiça e saber a diferença entre o bem e o mal. Se não for assim, como é que eu poderei governar este teu grande povo?”(1Rs 3:9)

E Deus lhe concedeu não apenas este pedido, mas também glória, poder e riqueza que nunca nenhum outro rei havia possuído antes. Porém, as riquezas e os prazeres corromperam o coração de Salomão ao final de sua vida. Tornou-se Salomão um relativista promíscuo. Já não prestava culto e adoração exclusivamente a Deus. Inclinou-se perante as inúmeras divindades adoradas por suas também inúmeras mulheres. Com resultado, legou para o seu filho problemas insustentáveis que culminaram na divisão do reino.  

A história destes três reis ilustra muito bem a influência que a motivação do coração pode trazer sobre o nosso destino: 
-o coração egoísta (Saul) e que busca apenas uma vida de aparências, resulta em vergonha e morte; 
-o coração consagrado a Deus (Davi) e que busca, dia e noite, conhecer e realizar a vontade de Deus, resulta em honra e vida eterna; 
-o coração dividido (Salomão) e que busca agradar ao mundo e a Deus ao mesmo tempo, resulta em frustração e derrota.

E nós? qual tem sido a motivação dos nossos corações?

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Ana - Sofrimento e Oração, tudo a ver

“E fez um voto, dizendo: "Ó Senhor dos Exércitos, se tu deres atenção à humilhação de tua serva, te lembrares de mim e não te esqueceres de tua serva, mas lhe deres um filho, então eu o dedicarei ao Senhor por todos os dias de sua vida, e o seu cabelo e a sua barba nunca serão cortados". Enquanto ela continuava a orar diante do Senhor, Eli observava sua boca. Como Ana orava silenciosamente, seus lábios se mexiam mas não se ouvia sua voz. Então Eli pensou que ela estivesse embriagada e lhe disse: "Até quando você continuará embriagada? Abandone o vinho! " Ana respondeu: "Não se trata disso, meu senhor. Sou uma mulher muito angustiada. Não bebi vinho nem bebida fermentada; eu estava derramando minha alma diante do Senhor.”(1Sm 1:11-15)

O sofrimento é, infelizmente, um sentimento universal. Não existe neste mundo quem esteja imune a ele. Quando o ser humano resolveu se deliciar com os enganosos frutos da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 2:17), o mundo entrou em um círculo vicioso de nascimento, sofrimento e morte.

O sofrimento acompanha a vida enquanto a morte não chega. A livre escolha que poderia ser feita para o bem, foi feita para o mal. E deu no que deu! Não fosse a misericórdia de Deus em enviar seu filho unigênito ao mundo para se sacrificar em nosso lugar, estaríamos ainda passíveis da danação eterna.

O texto bíblico acima nos mostra o auge da angústia vivida por uma serva de Deus. Ana era uma mulher temente a Deus e fiel cumpridora de seus compromissos familiares. Mas nem por isso estava imune aos sofrimentos. Ela não podia ter filhos. Chega a ser estranho, pois nos dias atuais, para a maioria do mundo ocidental, ter filhos é um grande sofrimento. Mas houve um tempo em que os filhos ainda eram considerados uma benção divina e motivo de honra para os pais!

Exatamente por não poder ter filhos, Ana ainda era obrigada a tolerar, da outra esposa de seu marido, os insultos e a humilhação em razão de sua condição de mulher estéril. Mesmo sendo a preferida do marido, de nada adiantava, pois continuava a suportar o insuportável. Se considerarmos o contexto da época destes fatos, percebemos que a frustração dela é inimaginável.

Pois bem, qual foi a atitude de Ana diante da aflição e da dor? Oração. Mas não foi uma mera oração repetitiva, forçada, decorada, cheia de rituais e misticismo. Ana orou com fervor e com silêncio. Algo que muitos consideram impossível hoje em dia.

Após o homem escolher distanciar-se de Deus, a oração tornou-se meio privilegiado para se resgatar parte da intimidade perdida com a opção pelo pecado. Não raras vezes, as aflições e as angústias da vida são instrumentos que nos permitem parar e ouvir o chamado de Deus para uma reconciliação.   

Assim como hoje, orações verdadeiramente fervorosas estavam esquecidas naquele período histórico. A expressão de fé era mera fachada e ritualismo. Não havia essência de espiritualidade. O próprio sacerdote Eli, omisso na criação de seus filhos, não mais reconhecia a verdadeira busca de Deus através da oração.

Porém, Ana estava além do mundo frívolo que a cercava. A sua busca era por Deus. Ela não buscava um Deus que simplesmente lhe concedesse um filho, como se este fosse um troféu a ser exibido. Mas orava em busca do Deus único, vivo e verdadeiro, a quem ele iria oferecer este filho ao serviço de Deus por toda a vida. Ela queria um filho para Deus e não para si própria.

Será que ao oramos, se é que temos orado sinceramente, estamos buscando um compromisso sério com Deus ou simplesmente praticando um ritualismo vazio ou mesmo tentando fazer uma barganha desrespeitosa. Ana comprometeu-se com Deus em oração e Deus a ouviu.

A razão dos nossos pedidos em oração têm sido a glória e o serviço de Deus ou os nossos próprios prazeres? 

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Sansão – o forte mais fraco de todos!

“Encontrando a carcaça de um jumento, pegou a queixada e com ela matou mil homens. Disse ele então: "Com uma queixada de jumento fiz deles montões. Com uma queixada de jumento matei mil homens". (Jzs 15:15-16 NVI)
A maior causa de queda é estar nas alturas. Sansão sentia-se forte demais, poderoso demais, sábio demais, e era vaidoso ao extremo. O resultado foi, como sempre, o fracasso total. Afinal, a maior causa de derrota é a confiança na vitória que ainda não aconteceu.

A vida de Sansão é um clássico exemplo de que força física não representa sabedoria.

Sua extrema força física não era proporcional à sua ínfima força mental; ele também não possuía qualquer traço da sabedoria vinda de Deus.

Ele nasceu em um lar onde seus pais se preocupavam com sua vida espiritual, moral e social. “Seu pai e sua mãe lhe perguntaram: "Será que não há mulher entre os seus parentes ou entre todo o seu povo? Você tem que ir aos filisteus incircuncisos para conseguir esposa? " Sansão, porém, disse ao pai: "Consiga-a para mim. É ela que me agrada". (Jzs 14:3 NVI)

Mas Sansão não estava nem um pouco interessado em seguir os conselhos dos pais e nem os princípios exigidos por Deus. Sansão queria gastar suas muitas energias da forma como bem entendesse! Ele se achava “o cara”!

Apesar de ter sido consagrado a Deus desde o ventre materno, Sansão não soube consagrar a melhor fase de sua vida ao Deus que o havia escolhido. “.....porque o menino será nazireu, consagrado a Deus, desde o nascimento até o dia da sua morte’ ". (Jzs 13:7 NVI)

Criticar Sansão é fácil; difícil é ter de reconhecer que costumamos seguir o mesmo estilo de vida que ele seguia.

É comum acharmos que Deus nos presenteou com menos força e com menos potencialidade do que deveria. Porém, tal desculpa não é válida. Todos nós somos dotados com talentos e potencialidades vindas de Deus. O que nos falta é intimidade com Deus em oração e sabedoria para saber usar os nossos talentos a serviço do Reino de Deus.

E há ainda outro problema grave em nossa vida: achar que os nossos talentos são fruto do nosso próprio mérito. Puro engano. Tudo o que temos nesta vida é presente de Deus; usá-lo fora dos padrões estabelecidos por ele é ingratidão. “Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!” (Rom 11:36)

E as conseqüências do pecado da ingratidão são terríveis para nós, assim como foi para Sansão em várias ocasiões de sua vida. “E a mulher de Sansão foi dada ao amigo que tinha sido o acompanhante dele no casamento.”(Jzs 14:20)

Porém, Deus não deixou de governar a vida de Sansão em benefício de seu povo, mas ele, como indivíduo, viveu de forma medíocre. 

Sansão foi realmente um grande libertador para o povo de Israel, mas passou a vida inteira acorrentado às próprias fraquezas e vícios. “Fazendo-o dormir no seu colo, ela chamou um homem para cortar as sete tranças do cabelo dele, e assim começou a subjugá-lo. E a sua força o deixou. Então ela chamou: "Sansão, os filisteus o estão atacando! " Ele acordou do sono e pensou: "Sairei como antes e me livrarei". Mas não sabia que o Senhor o tinha deixado.”(Jzs 16:19-20 NVI)

Sansão se esqueceu de que a fonte da força espiritual está na obediência. E ele só tomou consciência de sua fraqueza espiritual quando Deus lhe tirou sua força física. Quantos de nós perdemos preciosos períodos de nossas vidas esbanjando em coisas vãs os talentos com que Deus nos presenteou. E só tomamos consciência disso quando já é tarde demais!

É bom estarmos cientes de que Deus nos dá tudo o que necessitamos para que tenhamos uma vida de intimidade e felicidade em sua presença. E também nos dá liberdade para buscarmos instrução em sua santa Palavra. 

Mas a inclinação do pecado, por ser inata ao ser humano desde Adão, sempre pesa mais e influencia as nossas escolhas importantes nesta vida. Assim, percebemos que a liberdade é ilusória, pois não temos capacidade de distinguir e fazer um juízo verdadeiramente imparcial e isento, nossas vontades e desejos são fortes demais.

A mancha do pecado é persistente. Mas não é maior que poder Deus que nos lava no precioso sangue de Cristo!

"Pois vocês sabem que não foi por meio de coisas perecíveis como prata ou ouro que vocês foram redimidos da sua maneira vazia de viver que lhes foi transmitida por seus antepassados, mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem mancha e sem defeito, conhecido antes da criação do mundo, revelado nestes últimos tempos em favor de vocês" (1Pe 1:18-20 NVI)

Por isso, só uma vida instruída pelo Espírito Santo de Deus na busca do caminho que está traçado em sua Palavra é que pode resgatar em nós a verdadeira liberdade de fazer o bem com prazer e humildade, vivendo na força que vem de Deus. 
O caminho é Cristo. Siga-o! Antes que seja tarde demais!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Segredos do ensino na pedagogia de Cristo.

“Depois, entraram em Cafarnaum, e, logo no sábado, foi ele ensinar na sinagoga. Maravilhavam-se da sua doutrina, porque os ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas” (Marcos 1:21-22)
Estamos em um mundo onde as teorias distanciam-se cada vez mais da prática. Este é o mundo onde instituições de ensino transformaram-se em ponto de convivência de drogados, vagabundos e alienados.

As escolas e universidades estão apodrecendo o caráter dos alunos. Estamos amargando os tristes resultados de décadas de descaso com o aprendizado de valores absolutos. Abandonou-se o ensino ligado à prática da disciplina e do respeito. Ensina-se a ensinar, mas não se ensina a fazer. O ensino perdeu a autoridade. A autoridade perdeu o ensino.  

O ensino nas igrejas cristãs está caindo no mesmo abismo, pois o descrédito dos evangélicos é grande, principalmente em razão de um ensino distanciado do testemunho. Crentes que só dizem, mas não vivem, trazem descrédito à mensagem de Cristo. Pregam a verdade, mas vivem a mentira! O mundo precisa ver as nossas boas obras para glorificarem a Deus!

O grande segredo do ensino está ligado à autoridade. E podemos hoje pensar a autoridade como algo relacionado à autenticidade. Tem autoridade quem é autêntico. E ser autêntico é ser verdadeiro, explícito, claro, simples e ao mesmo tempo relevante. Ensina com autoridade quem ensina praticando. Ensina com autoridade quem ensina o que vive. Ensinar é viver!

Jesus Cristo ensinou a vida, e vida em abundância. Ele é o autor da vida. Ele é o Deus encarnado. Ele é o autor da vida e do ensino sobre como se deve viver. A autoridade de Jesus está ligada à autoria da própria vida. “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez”(João 1:3)

Recentemente, ao ler um livro de autoria do reverendo Luciano Rocha Guimarães, cujo título é “Restaurando o Compromisso com Deus”, fiquei impressionado com um capítulo dedicado a desvendar a pedagogia de Cristo. Pude extrair dali alguns segredos bíblicos sobre a autoridade do ensino de Cristo e que serve para as nossas vidas em sociedade e também em igreja. 

AUTOR DO PRÓPRIO ENSINO
O primeiro segredo da autoridade do ensino de Jesus está no fato de que ele transmitiu a Palavra vinda dele mesmo. E o Verbo era Deus. Ele ensinava um ensino vindo dele próprio. Ele era o autor do próprio ensino. O ensino de Jesus tinha autoridade porque era transmitido pelo próprio autor do ensino. O ensino de Jesus era autêntico e verdadeiro. Ele era a mensagem verdadeira e o verdadeiro mensageiro. Jesus é a Verdade!

ENSINAR PRATICANDO
O segundo segredo do ensino de Cristo está no fato de que ele viveu o seu ensino de forma prática. Ele disse ser o pão vindo do Céu, por isso, multiplicou pães para as multidões. Ele disse ser a luz do mundo, por isso, restituía a visão aos cegos. Jesus ensinava a vida espiritual através da atuação sobrenatural no mundo natural.

ENSINO DO COTIDIANO
O terceiro segredo do ensino de Senhor Jesus é o constante uso das experiências comuns aos homens do seu tempo. Jesus pregava por parábolas. As representações da vida cotidiana. Ele falava sobre o cuidado de rebanhos; sobre as colheitas; sobre as relações entre empregados e patrões; etc. As comparações despertavam o interesse e transformavam o abstrato em concreto. Além disso, mantinham o segredo transcendental do Reino de Deus somente para os escolhidos.

Precisamos conhecer e compreender a cultura e a realidade da vida diárias das pessoas para podermos mostrar aos outros a importância do Evangelho de Salvação em Jesus Cristo.

ENSINO TRANSFORMADOR
O quarto segredo do ensino de Cristo está na preocupação com transformação de vida e não com o mero conhecimento intelectual. O mero conhecimento conduz à vaidade e desprezo às pessoas. O cristianismo se preocupa com transformação individual. A Salvação é pessoal e não nacional ou universal. A mensagem deve ser universal, mas a transformação de vida e natureza é pessoal.

Jesus ama pessoas, almas e vidas! Jesus não veio inaugurar uma nova religião, pois religião é conjunto de regras e normas. Jesus veio trazer Deus às nossas vidas, pois para nós pecadores seria impossível irmos até Ele. Jesus veio transformar a natureza humana caída em natureza redimida. “O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito.”(João 3:6)

ENSINO E VERDADE
Podemos, então, concluir que o ensino do evangelho deve partir da verdade. A verdade é Cristo. As nossas vontades e opiniões podem nos enganar e enganar aos outros, mas a mensagem de Cristo é Palavra de Deus e não falha.

Aquele que ensina, deve se render àquele que o ensinou. Precisamos aprender cada vez mais de Cristo, pois Ele é a autoridade verdadeira. Devemos buscar conhecer e aproveitar as oportunidades que a vida diária nos apresenta para expor e ensinar a mensagem de salvação aos outros. E mais importante de tudo: a mensagem eficaz parte de uma vida transformada, pronta a transformar outras vidas.

Jesus nos deu vida nova e natureza nova para cumprirmos o seu mandamento de ir ao mundo e fazer discípulos de todas as nações. Sejamos novas criaturas, ensinando e vivendo o ensino verdadeiro!  

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Débora – uma mulher virtuosa, num mundo viciado


Voando pelo céu num dia e dando com a cara no chão no outro. Assim se resume a história do povo de Israel no período histórico descrito no livro de Juízes.

Quando o povo se arrependia e obedecia a Deus, este lhes enviava um libertador que os livrava da opressão dos povos inimigos. “O SENHOR lhes dava um líder e o ajudava. Enquanto esse líder vivia, o SENHOR salvava o povo dos seus inimigos. Ele tinha pena dos israelitas porque eles sofriam na escravidão. Mas, quando o líder morria, eles voltavam a viver como antes e se tornavam ainda piores do que os seus pais. Iam atrás de outros deuses, e os serviam, e adoravam. Teimavam em continuar nos seus maus caminhos” (Jzs 2:18-19)

Na prosperidade, esqueciam-se novamente de Deus e, na seqüência, caíam em ruína e destruição. Era um círculo vicioso, ou melhor, pecaminoso. Era uma sociedade oscilando entre o vício e a virtude, predominando o vício. Parece até a nossa vida, não é?

Pois bem, naquele tempo não havia rei em Israel e cada um fazia o que bem entendia. Não havia ainda uma estrutura de governo organizada e centralizada. A bagunça era geral!

A religiosidade também era vacilante. A idolatria se alastrava com facilidade, pois cada um cultuava a Deus da forma que melhor entendia. As preciosas Leis que Deus deu a Moisés estavam esquecidas, tanto quanto às regras de culto, como também as regras de convívio social.

Era um mundo relativista, muito parecido com o dos dias atuais. A vida religiosa e social era uma montanha-russa perigosa, sem sinto de segurança! Acreditar em um Deus único e com verdadeiro poder para salvar era algo impensável. 

Foi este o período no qual viveu Débora. Num contexto social turbulento e religiosamente insano, Deus desperta uma mulher para orientar e guiar o povo de Israel rumo a um processo de libertação e vitórias.
   
Débora é mais um caso interessante de como Deus sempre escolhe pessoas que não seriam escolhidas pelos padrões sociais convencionais. Até porque a ótica do mundo é viciada e corrompida pelo pecado. Na primeira vinda de Jesus, por exemplo, todos esperavam um rei que construísse e habitasse em palácios, mas veio o Deus-homem que nasceu num abrigo de animais e exerceu, na juventude, a humilde profissão de carpinteiro.   

Débora era mulher, e a bíblia diz que era esposa de Lapidote, ou seja, tinha um lar para cuidar (a tão falada dupla jornada feminina!), não exercia nenhum cargo governamental ou eclesiástico; mas era reconhecida como mensageira de Deus. “Havia uma palmeira entre Ramá e Betel, na região montanhosa de Efraim. Débora sentava-se debaixo dela, e os israelitas vinham até ali para que ela julgasse as questões que eles traziam”(Jzs 4:5)

Naquele tempo não havia a Palavra de Deus concluída da forma como a temos hoje, selada do Gênesis ao Apocalipse. Por isso, Deus escolhia seus profetas da mesma forma como escolheu Débora, conferindo-lhes o poder de discernir e explicar a vontade de Deus e transmiti-la ao povo com autoridade divina. Esta era a missão e o ministério de Débora.

Débora não fazia questão de posição social e nem de reconhecimento público, muito pelo contrário. Tanto assim, que mandou chamar Baraque para que o mesmo tivesse a honra de comandar os exércitos de Israel na batalha. 

Ela pode ser reconhecida como uma antítese do feminismo atual. E serve de exemplo também contra a vaidade exacerbada de muitos “poderosos” homens modernos!

Débora simplesmente cumpriu a vontade de Deus: combateu os vícios com o poder da virtude!

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Raabe – Preconceito: uma barreira ao evangelho!


Mulher, prostituta e habitante de uma cidade inimiga destinada à destruição. Estas são as deploráveis características de Raabe, segundo a perspectiva humana.

Porém, segundo a soberania de Deus, Raabe era uma mulher destinada a ser instrumento de salvação do povo de Deus e a figurar entre os antepassados humanos do próprio Senhor Jesus Cristo. 

Ela foi uma mulher alvo da misericórdia gratuita de Deus. Raabe foi expressão viva de que a salvação é gratuita.“Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão. Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia.”(Romanos 9:15-16)

Raabe reconheceu, pela fé, que a salvação que só pode vir de Deus e fez escolhas certas e decisivas para sua vida. “Pela fé a prostituta Raabe, por ter acolhido os espiões, não foi morta com os que haviam sido desobedientes”(Hebreus 11:31)

As escolhas certas na vida demonstram um sincero reconhecimento do poder de Deus.  “....O Deus de vocês, o SENHOR, é Deus lá em cima no céu e aqui em baixo na terra”(Josué 2:11)

A diferença entre a perspectiva humana e a soberania de Deus está no fato de que Deus é o criador. E só ele conhece o coração humano. Ele dá a vida; ele escolhe os seus; e só ele pode os salvar. A visão humana é limitada, preconceituosa, pobre e manchada pelo pecado.

O que nos leva a pensar, por exemplo, que estamos em melhores condições do que uma prostituta? A soberba humana, é óbvio. O que nos leva, por exemplo, a deixar a prostituição e servirmos a Deus? O próprio Deus, quando nos destinou à vida eterna, antes mesmo da fundação do mundo. Ele nos alcança e nos salva.

Os conceitos e os preconceitos humanos são formados pela visão míope do mundo exterior. Todavia, o mundo exterior engana. Nem sempre as mais bonitas refeições são as mais saborosas; nem sempre os alimentos mais estranhos e feios são os mais indigestos. 

A beleza pode estar escondida na feiura, assim como o veneno pode estar camuflado na beleza. Os padrões humanos podem ser confundidos“O coração é mais enganoso que qualquer outra coisa e sua doença é incurável. Quem é capaz de compreendê-lo? "Eu sou o Senhor que sonda o coração e examina a mente, para recompensar a cada um de acordo com a sua conduta, de acordo com as suas obras. " (Jeremias 17:9-10)

Só Deus conhece o coração, só ele conhece o verdadeiro interior. Daí a necessidade de evangelização irrestrita. Não podemos esconder ou negar a mensagem de salvação em Jesus Cristo a ninguém. Aqueles que menos dão sinal exterior de aceitação do evangelho de salvação podem, no tempo determinado por Deus, serem vasos de bênçãos e instrumentos de salvação.“Nessa nova vida já não há diferença entre grego e judeu, circunciso e incircunciso, bárbaro e cita, escravo e livre, mas Cristo é tudo e está em todos. Portanto, como povo escolhido de Deus, santo e amado, revistam-se de profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência”(Colossenses 3:11-12)

Porém, essa nova vida exige mudanças profundas. Nessa nova vida, inicia-se um processo de santificação operado pelo Espírito Santo de Deus. Uma nova natureza e uma nova disposição mental são enxertadas no ser humano, começando a agir de forma irresistível. Onde o interior que foi tocado e transformado por Deus irá gerar uma nova visão do exterior e uma nova vida de testemunho!

“Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância; pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento” (1Pedro 1:14-15)

sábado, 29 de outubro de 2011

Aprendendo o valor das nossas ferramentas!

“Respondeu Moisés: Mas eis que não crerão, nem acudirão à minha voz, pois dirão: O SENHOR não te apareceu. Perguntou-lhe o SENHOR: Que é isso que tens na mão? Respondeu-lhe: Um bordão. Então, lhe disse: Lança-o na terra. Ele o lançou na terra, e o bordão virou uma serpente. E Moisés fugia dela”(Êxo 4:1-3)
Deus escolhe as pessoas certas para missões importantes. Nós percebemos a escolha de Deus através da confissão sincera na salvação gratuita em Jesus Cristo, que morreu por nós e cujo sangue nos purifica de todos os nossos pecados.

Escolha e Missão
Pois bem, todos os que são escolhidos são também designados para alguma missão na obra de Deus. Então, por que temos tanta dificuldade em colocar a mão na massa e começarmos a trabalhar?

Uma das principais razões é a eterna desculpa de que nos falta algo. É aquela velha história: “se eu tivesse tal coisa...”; “se Deus tivesse me dado tal talento ou tal dom...”; e por aí vai!

Desculpas esfarrapadas
A nossa postura diante de Deus é a mesma de Moisés.  No início ele tentou dar desculpas para não aceitar o chamado de Deus. Moisés vivia o problema da baixa autoestima. Ele não se dava conta de que Deus capacita àqueles que são chamados.

A história de vida de Moisés até aquele momento justifica sua baixa autoestima. Ele tentou libertar o povo de Israel através de sua própria força e não conseguiu. Tornou-se fugitivo e estava vivendo isolado em uma terra distante, pastoreando o rebanho do seu sogro.

Ferramenta de trabalho
Quando Deus o chamou do meio da sarça ardente, Moisés só dispunha de um bordão e nada mais. Porém, o bordão era tudo para ele. Com o bordão ele protegia e guiava o rebanho.

O bordão era o seu sustento, a sua ferramenta de trabalho naquele deserto. Mas mesmo sendo um instrumento importante, não possuía nenhuma função extraordinária; era apenas um simples objeto.

Ferramenta de Deus
É importante observar que logo de início Deus não deu nada a Moisés além daquilo que ele já possuía: um simples bordão, aquele mero pedaço de madeira. 

Se Moisés ficasse esperando coisas preciosas, valiosas ou raras para começar a trabalhar, nunca teria deixado de ser um simples pastor de ovelhas no deserto.

Deus lhe mostrou o valor das ferramentas simples quando elas são dedicadas e ofertadas a Deus. Deus quer utilizar aquilo que ele já colocou em nossas mãos. Infelizmente, não gostamos de perceber isto.

Ferramenta Viva
A primeira lição importante que precisamos aprender é que tudo o que temos nas mãos pode adquirir vida se forem colocadas a serviço de Deus.  O bordão transformou-se em serpente. É algo miraculoso. Mas não nasceu miraculoso. 

O bordão de Moisés tornou-se extraordinário quando colocado diante de Deus.Costumamos não valorizar o que Deus já nos deu e, por isso, as ferramentas que já possuímos parecem tão sem valor, sem utilidade e sem vida. A saúde se transforma em doença. Os bens são consumidos pela traça ou levados pelo ladrão. A voz em rouquidão. A disposição em preguiça. O tempo em ansiedade. A vida passa e é como se ainda não tivéssemos vivido. É uma vida no lixo.

As ferramentas, todos nós já as possuímos, só resta dar-lhes vida. Só Deus pode conceder dar vida.  Ele é o autor da vida. Só o que está na presença de Deus pode ter vida própria, abundante e tornar-se dotado de funções extraordinárias.   

Ferramenta para a Glória de Deus
A segunda lição que temos é que tudo que colocamos a serviço de Deus, além de tornar-se vivo, torna-se também instrumento para a proclamação da glória de Deus. 

A essência e finalidade da vida do ser humano é glorificar a Deus e alegra-se nele dia após dia, por toda a eternidade. A glória de Deus é o sentido da vida!

Então, todas as ferramentas que possuímos precisam ser usadas para a glória de Deus e benefício da obra do seu Reino aqui na Terra. O simples bordão de Moisés, que antes servia apenas para pastorear um rebanho, ao ser colocado à disposição de Deus tornou-se instrumento de glória

Com ele, Moisés deu demonstração de poder aos Egípcios: transformou as águas do rio Nilo em sangue;  abriu o mar vermelho; tirou água da rocha; simbolizou o poder absoluto de Deus sobre as força da natureza.

Uma simples habilidade ou os nossos poucos bens, quando colocados à disposição na presença de Deus, podem se tornar ferramentas vivas, poderosas e próprias para glorificar a Deus e nos conceder alegria eterna.

Portanto, não devemos menosprezar nossa vida, nem menosprezar o que Deus nos dá. Mas sim, usá-los como ferramentas vivas e poderosas para glorificar e louvar ao nosso Deus. 

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Miriã – uma líder colaborando com outro líder

Nos dias de hoje, em que o papel da mulher como líder tem sido alvo de tantas especulações distorcidas, é fundamental prestarmos um pouco de atenção ao que a Bíblia nos ensina sobre alguns exemplos de liderança feminina.

Assim, vamos refletir um pouco sobre o papel da profetisa Miriã, irmã mais velha de Moisés e sua colaboradora na missão de libertar o povo de Deus da escravidão do Egito.


Família de líderes
Falamos anteriormente sobre alguns aspectos importantes da liderança de Moisés. Ele foi um grande líder a serviço do povo de Deus. E quando Deus designa algum líder ele nunca o deixa desamparado. A segurança do líder cristão está na providência de Deus.

E Deus providenciou ajuda para Moisés dentro de sua própria família. A babá de Moisés foi sua mãe, seu irmão Arão foi seu porta-voz e foi designado como sacerdote do povo. E sua irmã Miriã teve um papel muito importante como profetisa e ajudou Moisés em momentos importantes.

Líder servindo ao líder
Lembremo-nos de que ela acompanhou e vigiou o cestinho em que o Moisés foi colocado por sobre as águas do Nilo quando ainda era bebê. “A irmã do menino ficou de longe, para observar o que lhe haveria de suceder .....Então, disse sua irmã à filha de Faraó: Queres que eu vá chamar uma das hebréias que sirva de ama e te crie a criança?” (Êxodo 2:4;7)

Miriã destacou-se como grande incentivadora dos louvores de gratidão pela libertação do povo de Israel. O seu exemplo de dinamismo e louvor incentivou todas as mulheres de Israel em a acompanharem numa grande demonstração de gratidão. “Então Miriã, a profetisa, irmã de Arão, pegou um tamborim e todas as mulheres a seguiram, tocando tamborins e dançando. E Miriã lhes respondia, cantando: "Cantem ao Senhor, pois triunfou gloriosamente. Lançou ao mar o cavalo e o seu cavaleiro". (Êxo 15:20-21)

Líder acima do líder
Porém, em certo momento de sua vida ela não soube entender que era apenas uma serva de Deus e quis sobrepujar a própria liderança do irmão Moisés. Esqueceu-se de que o líder cristão não se destaca pelas críticas que faz, mas pelo serviço que presta.

Pela disciplina de Deus, Mirã foi coberta de lepra e precisou ficar fora do convívio do povo para que reconhecesse que o líder de Deus deve estar ciente de sua limitação e reconhecer sempre as lideranças superiores. Bons líderes não se sobrepõem a outros líderes, mas colaboram mutuamente para o crescimento do Reino de Deus. “Então Miriã ficou isolada sete dias fora do acampamento, e o povo não partiu enquanto ela não foi trazida de volta” (Números 12:15)

Líder ao lado do líder
Miriã reconheceu seu pecado e voltou ao convívio do povo, sendo reconhecida pelo seu trabalho, pelo seu louvor e pelo seu envolvimento na obra libertadora de Deus. A oração de Moisés em favor de sua irmã demonstra o exemplo de mansidão que um líder deve exercer quando menosprezado.  

Entre verdadeiros líderes, a primazia está no serviço e não na posição ou no nome da função desempenhada.
Homens e mulheres não só podem como devem desempenhar sua liderança através do serviço, independente do nome da função ou da posição de destaque.

Líder = (homem + mulher) X Colaboração
Se a Bíblia designa expressamente certas funções na obra de Deus exclusivamente a homens e não a mulheres é como forma de reconhecer as diferenças existentes quanto à sensibilidade, temperamento e força.

A distribuição da liderança entre os sexos é uma aritmética simples e poderosa criada com perfeição por Deus, porém distorcida pela pecaminosidade humana.

As distinções entre os sexos não foram estabelecidas por Deus como instrumento de dominação servil e humilhação, mas como critério de equilíbrio de forças e sensibilidades. A palavra-chave é colaboração, cada qual na sua respectiva função. Embora criados equilibradamente diferentes, diante de Deus, somos todos iguais.

O segredo está na disposição em colaborar uns com os outros em sinal de gratidão e louvor a Deus! 

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Moisés – a Fé de um líder

“Foi pela fé que Moisés, quando já era adulto, não quis ser chamado de filho da filha de Faraó. Ele preferiu sofrer com o povo de Deus em vez de gozar, por pouco tempo, os prazeres do pecado. Ele achou que era muito melhor sofrer o desprezo por causa do Messias do que possuir todos os tesouros do Egito. É que ele tinha os olhos fixos na recompensa futura. Foi pela fé que Moisés saiu do Egito, sem ter medo da raiva do rei, e continuou firme, como se estivesse vendo o Deus invisível. Pela fé Moisés começou o costume de celebrar a Páscoa e mandou marcar com sangue as portas das casas dos israelitas para que o Anjo da Morte não matasse os filhos mais velhos deles. Foi pela fé que os israelitas atravessaram o mar Vermelho como se fosse terra seca. E, quando os egípcios tentaram atravessar, o mar os engoliu”(Hebreus 11:24-29 NTLH)

No texto anterior, quando falamos sobre a identidade de um líder, deixamos claro que, pelo menos no meio cristão, o bom líder é aquele que faz e motiva os outros a fazerem por meio do exemplo do trabalho. Essa coisa de que bom líder é aquele que só distribui tarefas e fica olhando os outros trabalharem é lorota e não condiz com os ensinamentos de Cristo.

Fé e Trabalho.
Moisés é um exemplo de líder que trabalhava. E o trabalho de Moisés era fruto de sua fé. A motivação do líder cristão deve ser a sua fé no evangelho de Jesus Cristo. Pois, a verdadeira fé salvadora produz certeza, esperança e perseverança suficientes para superar qualquer obstáculo. E a razão principal disso é que a verdadeira fé não vem de nós mesmos, ela vem pela atuação do Espírito Santo que habita em nós. A fé salvadora é dom de Deus (Efésios 2:8).

Um líder de fé é aquele cujas escolhas estão além dos prazeres que o mundo oferece. Moisés soube fazer as escolhas certas. Ele recusou ser tratado como príncipe do Egito, pois sabia que, apesar do sucesso e dos prazeres, aquele não era o seu lugar e nem o seu povo. Líderes seduzidos pelos prazeres e pelo sucesso não são líderes de verdade, mas apenas ídolos de barro.

Fé e Humildade.
Moisés aceitou sofrer o desprezo das pessoas, pois sabia que estava a serviço de Deus. O líder cristão deve estar consciente de que raras vezes o desejo da maioria corresponde à vontade de Deus. A influência e o clamor das maiorias têm sido a causa da ruína para muitos líderes. O verdadeiro líder cristão é humilde o suficiente para ser tirado de cena e substituído, ao invés de ceder quanto aos princípios básicos de sua fé. E para superar e conviver com o desprezo da maioria é preciso fé.  

Fé e Gratidão.
Deus somente realiza maravilhas através líderes que possuem fé suficiente para serem desprezados, humilhados e envergonhados diante de uma multidão de incrédulos.As maravilhas de Deus são para poucos. E quando falo de maravilhas não falo de coisas mirabolantes e extravagantes, mas da alegria com a simplicidade da vida que Deus proporciona em qualquer situação. Vida maravilhosa é vida de gratidão, de santidade, de serviço, de contentamento sincero e de louvor contínuo.

Deus fez coisas maravilhosas para o seu povo por intermédio de Moisés: salvou os primogênitos dos israelitas, abriu o mar vermelho, deu-lhes pão vindo do céu, saciou-lhes a sede no deserto, concedeu-lhes vitórias sobre os inimigos etc. Todavia, o povo demonstrava constante ingratidão contra Deus e contra a liderança de Moisés. E qual era a atitude de Moisés? Ele intercedia por um povo ingrato. Quantos são os líderes que sabem lidar com a ingratidão? Poucos, pouquíssimos.

Fé e Santidade.
Moisés sabia que Deus estava purificando aquele povo para que pudessem entrar na Terra Prometida. Ele reconhecia a soberania de Deus e era grato por ser escolhido por Deus. O verdadeiro líder cristão sabe da força da pecaminosidade humana, mas se fortalece na santidade de Deus. A ingratidão humana é a principal razão para não vermos as maravilhas de Deus que estão a nos rodear diariamente. O ingrato é digno de pena, de oração e de conversão. Moisés sabia muito bem disso. Moisés orou por um povo ingrato.

A fé de um verdadeiro líder vem de Deus. É fé salvadora. É fé libertadora. É fé em Cristo que morreu para nos salvar. A fé de um líder cristão se apresenta ao mundo pelo trabalho, pela humildade e pela gratidão. Para ser líder nos padrões divinos é preciso muita coragem!

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Moisés – a identidade de um líder

Pois agora o clamor dos israelitas chegou a mim, e tenho visto como os egípcios os oprimem. Vá, pois, agora; eu o envio ao faraó para tirar do Egito o meu povo, os israelitas". Moisés, porém, respondeu a Deus: "Quem sou eu para apresentar-me ao faraó e tirar os israelitas do Egito? " Deus afirmou: "Eu estarei com você. Esta é a prova de que sou eu quem o envia: quando você tirar o povo do Egito, vocês prestarão culto a Deus neste monte". (Êxodo 3:9-12, NVI)
Um dos assuntos que mais despertam interesse na atualidade é sobre as qualidades e características de um bom líder. Basta ir a qualquer livraria e verificar a quantidade absurda de livros tratando sobre liderança.

A ideia dominante e que se vende na maioria destes livros é que o bom líder é aquele que fica só no comando, levando a fama pelo trabalho que os outros executam. Esses livros insistem em vender os “segredos” para se fazer os outros trabalharem enquanto você é que se dá bem. Tais livros são, em sua maioria, manuais para preguiçosos com mania de grandeza.

No meio cristão não deveria ser assim. Líder cristão é aquele que faz o deve ser feito, que executa tarefas, que põe as mãos no arado e que trabalha, ainda que todos ao redor estejam desanimados. Se ele for motivar alguém, será pelo exemplo do trabalho e não pelo discurso. Pelo menos, essa foi a ordem dada por Cristo. “Mas entre vocês não pode ser assim. Pelo contrário, quem quiser ser importante, que sirva os outros” (Mateus 20:26, NTLH)

A liderança que Moisés exerceu sobre o povo de Israel ilustra bem as marcas que devem estar presentes na vida de um líder. E a principal delas, com certeza, é a identidade. O verdadeiro líder é identificado pelo seu chamado para o serviço. Líder é aquele que foi chamado para servir.

Moisés recebeu a incumbência de liderar o povo de Israel em uma caminhada cheia de obstáculos. O primeiro deles foi conseguir a saída do povo do Egito. O líder é identificado pelo seu serviço.

Líder é aquele que está trabalhando. Moisés não foi chamado quando estava de férias na casa do sogro. Ele era o responsável por cuidar dos rebanhos do sogro. 

Moisés não se reconhecia como líder, mas como servo. Deus é quem o identificou como líder enquanto ele trabalhava.

A identidade de um líder está também no seu histórico de vida. Ao ser chamado por Deus, Moisés já estava com a idade de 80 anos. Mas, desde jovem, Moisés demonstrava as marcas de um líder.

A Bíblia afirma que ele foi educado em toda a ciência dos egípcios, ou seja, ele aprendeu sobre o mundo que estava ao seu redor no esforço do estudo.Moisés estudou, preocupou-se em aprender e também em fazer.

Ele aprendeu também sobre sua verdadeira origem e sobre a história de seu verdadeiro povo. Porém, todo este aprendizado não o tornou um vaidoso intelectual, ao contrário, ele buscou transformar a realidade social do povo de Israel.

O seu fracasso na juventude foi que até então ele ainda não conhecia, face a face, o Deus que criou todas as coisas e que pode transformar qualquer realidade social.

É por isso que nos primeiros 80 anos de vida, Deus  estava moldando Moisés e o preparando para o dia em que iria identificá-lo como um grande líder e colocá-lo para trabalhar arduamente pelos próximos 40 anos de sua vida.

Será que podemos hoje ser identificados como líderes segundo os padrões de Deus?

domingo, 9 de outubro de 2011

José do Egito – perdão em qualquer circunstância


Então mandaram dizer a José: —Antes que o seu pai morresse, ele mandou que pedíssemos a você o seguinte: “Por favor, perdoe a maldade e o pecado dos seus irmãos, que o maltrataram. ” Portanto, pedimos que perdoe a nossa maldade, pois somos servos do Deus do seu pai. ....... Mas José respondeu: —Não tenham medo; eu não posso me colocar no lugar de Deus. É verdade que vocês planejaram aquela maldade contra mim, mas Deus mudou o mal em bem para fazer o que hoje estamos vendo, isto é, salvar a vida de muita gente. Não tenham medo. Eu cuidarei de vocês e dos seus filhos. Assim, ele os acalmou com palavras carinhosas, que tocaram o coração deles. (Gênese 50:16-21)

José do Egito encontrou forças em Deus para triunfar sobre uma das maiores fraquezas humanas: o desejo de vingança.

Perdoar não é fácil! O perdão é um sentimento que não satisfaz a natureza humana contaminada pelo pecado. Todavia, é cientificamente comprovado que a falta de perdão causa doenças terríveis, até mesmo o câncer. Mas, ainda assim, preferimos cultivar o ódio e aguardar o “doce” momento da vingança. O pecado nos faz estúpidos.

José do Egito estava diante do melhor momento de sua vida para exercer a vingança contra toda a maldade que sofreu. Os seus irmãos dependiam dele para tudo. Ele os estava sustentando e lhes dava segurança na terra do Egito. O pai, Jacó, já estava morto. Então, não havia melhor momento para vingar-se dos irmãos.

Porém, José era um homem realmente especial.  Ele nunca permitiu que as coisas negativas e desagradáveis que vivera pudessem afetá-lo ou prejudicar o seu relacionamento com Deus. José não era um homem de ferro ou insensível diante das fraquezas humanas. Ele tinha plena consciência de que seus irmãos deveriam ser punidos. Mas ele reconhecia que a vingança compete a Deus. José sabia que se Deus havia transformado o mal em bem, poderia transformar também o coração de seus irmãos. 

Existem circunstâncias na vida em que nos enganamos ao pensar que estamos praticando um ato de justiça, quando, na verdade, estamos praticando atos de vingança.  Vingança é a expressão do ódio. Justiça é expressão do amor. Se, por exemplo, José matasse seus irmãos, eliminaria as futuras tribos da nação de Israel. Sua intimidade com Deus lhe permitia antever o futuro! 

Só uma vida de intimidade com Deus pode nos fazer distinguir entre o que é justiça e o que é vingança.  

Perdoar é forma de expressar gratidão a Deus. Praticamos a vingança porque não pensamos no amor de Deus, mas apenas nos erros dos outros. Praticamos a vingança porque nos esquecemos que também erramos. Praticamos a vingança porque desprezamos o perdão de Deus em nossas vidas. 

No sacrifício de Cristo em nosso favor foi que alcançamos o perdão de Deus. Assim, perdoamos aos outros porque Deus nos perdoou primeiro. “Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós”(Col 3:13)

Mas como o perdão é algo contrário à natural carnal, é preciso ser praticado, exercitado e fortalecido mediante oração e submissão à vontade de Deus. E ele nos fortalecerá! 

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

José do Egito – superação em todas as circunstâncias

“Depois fez com que José subisse no carro reservado para a maior autoridade do Egito depois do rei e mandou que os seus homens fossem na frente dele, gritando: “Abram caminho! ” Assim, José foi posto como governador de todo o Egito. O rei disse a José: —Eu sou o rei, mas sem a sua licença ninguém poderá fazer nada em toda a terra do Egito” (Gêneses 41:43-44)
Após tantos sofrimentos e angústias, os versículos acima mostram um dos grandes triunfos da vida de José. Ele foi posto como governador de toda a nação egípcia. Faraó, rei do Egito, reconheceu sua capacidade e a presença do Espírito de Deus na vida de José.

Pois bem, quais são, então, os principais fatores que fizeram José ser reconhecido como um homem fiel a Deus e próspero diante dos homens, apesar das circunstâncias adversas pela qual passou durante sua vida?

1º)Presença de Deus: Deus estava com José porque José andava na presença de Deus.  “Aproximem-se de Deus, e ele se aproximará de vocês!” (Tiago 4:8). Sem a busca constante da presença de Deus é fácil ser dominado pelas circunstâncias ruins. Buscamos a presença de Deus quando obedecemos à sua vontade.


2º)Trabalho: José trabalhava com seriedade. Quando Jacó o mandou vigiar o trabalho dos irmãos, ele foi sem reclamar; ele foi competente em seu serviço como mordomo de Potifar; José foi um presidiário trabalhador e, por isso, foi digno da confiança do carcereiro; como Governador do Egito, ele foi perspicaz  e diligente durante o período de fartura, possibilitando segurança e comida durante o período de fome.
  
3º)Bons pensamentos: mente vazia é oficina do diabo, com certeza. O pensamento vago nos leva a pecar e nos impede de trabalhar.  “Por último, meus irmãos, encham a mente de vocês com tudo o que é bom e merece elogios, isto é, tudo o que é verdadeiro, digno, correto, puro, agradável e decente” (Filipenses 4:8). O erro começa sempre pela mente, através da premeditação. O nosso principal órgão sexual é a mente; o maior arquiteto de crimes é também a mente. Tudo de bom ou de ruim sempre começará pela mente.  Assim, se nela cultivarmos sementes puras, com certeza, irão germinar.

4º)Temor do Senhor: José sabia que qualquer pecado que cometemos, o fazemos contra Deus. Ele fugiu do assédio da mulher de seu patrão porque sabia que se cedesse estaria pecando, primeiramente, contra Deus e não só contra o seu dono. Perceba que ele fugiu. José sabia que em determinadas circunstâncias é melhor fugir. Não dá para negociar com o pecado sem pecar. É tudo ou nada. “...e pelo temor do SENHOR os homens evitam o mal” (Provérbios 16:6)

Parece até que é simples, não é? E realmente é simples mesmo. Pois, a prática destes quatro fatores pode conduzir qualquer pessoa a alcançar grandes conquistas na vida espiritual e também na vida em sociedade, ainda que venha a sofrer circunstâncias desagradáveis.  Mas vejam que é preciso praticá-las. E “praticar” significa determinação e perseverança contra o pecado, ou seja, prosseguir ainda que tudo pareça estar dando errado. 

domingo, 2 de outubro de 2011

José do Egito – prosperidade, apesar das circunstâncias


Disse, pois, o faraó a José: "Uma vez que Deus lhe revelou todas essas coisas, não há ninguém tão criterioso e sábio como você. Você terá o comando de meu palácio, e todo o meu povo se sujeitará às suas ordens. Somente em relação ao trono serei maior que você". E o faraó prosseguiu: "Entrego a você agora o comando de toda a terra do Egito".(Gêneses 41:39-41 NVI)

A história da vida de José é um clássico exemplo de uma vida de verdadeira prosperidade.

José experimentou a prosperidade em todas as fases da vida:
 i)Quando ainda vivia com a família, ele prosperou mais do que seus irmãos, pois gozava da preferência do pai e ganhava os melhores presentes. 
ii)Ao ser vendido como escravo ao Egito, ele se tornou o administrador do patrimônio do seu senhor e trouxe grande prosperidade àquela casa. 
iii)Ao ser preso injustamente, ele se tornou o ajudante de confiança do carcereiro e este lhe confiou o cuidado dos outros presos. 
iv)E ao tornar-se governador de todo o Egito fez com que a nação prosperasse e enriquecesse até mesmo no período de fome.

A prosperidade não está na posição social que ocupamos, mas na postura e no comportamento que assumimos independente da posição social que nos é reservada. José foi próspero como filho, escravo, preso e governador. Prosperidade é também atitude.

 Infelizmente, a palavra prosperidade se tornou motivo de polêmica no meio evangélico, mas não deveria ser assim.  A Bíblia não condena a prosperidade. E todo cristão tem a obrigação de buscar ser próspero. O problema reside na compreensão correta do que seja prosperidade sob a perspectiva da Palavra de Deus.

Biblicamente, prosperar é sair da inércia espiritual progredindo em obediência, confessando os pecados, mudando de rumo, assumindo e cumprindo compromissos. “O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia”(Provérbios 28:13)

Ser próspero não significa ser rico financeiramente, mas rico nas misericórdias e bênçãos de Deus. Porém, é obvio que um estilo cristão de vida trará, inevitavelmente, mais prosperidade financeira também. Uma vida sem vícios e sem gastar dinheiro à toa, por exemplo, será naturalmente mais próspera, física e financeiramente.

A verdadeira prosperidade está intimamente ligada à recompensa de Deus pela obediência sincera. Da mesma forma que a mediocridade e fracasso são a justa recompensa pela desobediência e rebeldia. “O SENHOR te porá por cabeça e não por cauda; e só estarás em cima e não debaixo, se obedeceres aos mandamentos do SENHOR, teu Deus, que hoje te ordeno, para os guardar e cumprir. Não te desviarás de todas as palavras que hoje te ordeno, nem para a direita nem para a esquerda, seguindo outros deuses, para os servires” (Deuteronômio 28:13-14)

É comum ver crentes repetindo uns para os outros que são e devem ser “cabeça e não cauda”, mas se esquecem de que há uma condição para a realização desta promessa: obediência aos mandamentos de Deus.

Sem obediência não há verdadeira prosperidade.

No próximo post vamos analisar os fatores que fizeram de José um homem próspero. 

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

José do Egito – fidelidade a Deus, apesar das circunstâncias


“Mas o SENHOR estava com ele e o abençoou, de modo que ele conquistou a simpatia do carcereiro. Este pôs José como encarregado de todos os outros presos, e era ele quem mandava em tudo o que se fazia na cadeia. O carcereiro não se preocupava com nada do que estava entregue a José, pois o SENHOR estava com ele e o abençoava em tudo o que fazia” (Gêneses 39:21-23)

Talvez você não nunca tenha percebido, mas a história de José do Egito, filho de Jacó, é a que mais espaço ocupa no livro de Gêneses. O relato sobre sua vida começa no capítulo 37 e vai até o final do livro. E a razão é fácil de compreender. José é um dos maiores exemplos de fidelidade a Deus independente de qualquer situação.

Uma das desculpas mais comuns para os fracassos na vida é atribuir a culpa aos problemas familiares: “se eu fosse filho de rico”, “devia ter nascido em um lar diferente”, “eu não era o filho preferido”, “meus pais nunca me deram oportunidade”, “as pessoas lá em casa não gostam de mim” e por aí vai uma infinidade de desculpas para as frustrações.

José teria todos os motivos para ser um adolescente revoltado, frustrado e desanimado com vida: ele era invejado pelos irmãos mais velhos porque era o filho predileto do pai; os irmãos que o odiavam eram filhos de outra mulher; sua mãe já havia morrido; o pai já era velho; e ele ainda era o único que tinha um contato pessoal com Deus, o que aumentava a inveja não só dos irmãos, mas conquistou até mesmo a contrariedade do pai que não o compreendia. 

A maioria dos jovens de hoje, por muito menos, entram em desespero e se afundam em tribos esquizofrênicas, adquirem manias bizarras, desfiguram o corpo etc.   

Mas não bastasse o clima de intriga e inveja, os irmãos ainda conspiraram contra a vida de José. E se não fosse a intervenção de Deus, ele poderia ter sido assassinado pelos próprios irmãos. A história de Jose é a demonstração mais clara da atuação soberana de Deus sobre a vida dos seres humanos. Mas ele não saiu ileso, foi vendido e acabou tornando-se escravo no Egito, no meio de um povo de costumes e tradições religiosas completamente opostas à suas.   

José teria todos os motivos do mundo para se tornar um jovem amargurado, mas ele optou pela fidelidade, apesar das circunstâncias. E mesmo sendo escravo, ele não abriu mão de seus princípios e executava suas funções com competência e fidelidade. Ele foi uma benção para o seu dono e a recompensa foi tornar-se mordomo de toda a casa. Porém, mais uma vez ele foi vítima de uma terrível conspiração. Ao fugir da tentação do adultério, José foi tido por infiel ao seu senhor e condenado à prisão. Ser preso por cometer um crime não é fácil, imagine ser preso por fazer a coisa certa!

José teria todos os motivos para ser um presidiário amotinado e violento, pois estava preso injustamente. Mas ele compreendia a soberania e o poder de Deus, pois tinha intimidade com ele desde a infância. Até mesmo na prisão ele se destacou e tornou-se exemplo de serviço, ele foi uma benção naquele lugar deprimente.

Sob a perspectiva humana, José teria bons motivos para ser um adolescente revoltado que se torna um jovem amargurado e que terminaria sua vida morrendo em uma cela de prisão após liderar uma revolta. E a sociologia e a psicologia, por exemplo, lhe dariam toda razão ao analisar seu histórico de vida.

Porém, a fidelidade a Deus é a única força capaz de realmente transformar uma vida de derrotas em uma vida de vitórias. José não se tornou próspero e bem sucedido depois que deixou de ser escravo e nem depois que saiu da prisão. Ele já era próspero e bem sucedido mesmo antes de sua vida dar uma reviravolta total. Ele foi um escravo fiel e um preso fiel.

O segredo do sucesso de José e que serve para todos nós é ser fiel, apesar das circunstâncias.

Leia a lição 06 e o livro de Gêneses a partir do capítulo 37.