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sábado, 29 de outubro de 2011

Aprendendo o valor das nossas ferramentas!

“Respondeu Moisés: Mas eis que não crerão, nem acudirão à minha voz, pois dirão: O SENHOR não te apareceu. Perguntou-lhe o SENHOR: Que é isso que tens na mão? Respondeu-lhe: Um bordão. Então, lhe disse: Lança-o na terra. Ele o lançou na terra, e o bordão virou uma serpente. E Moisés fugia dela”(Êxo 4:1-3)
Deus escolhe as pessoas certas para missões importantes. Nós percebemos a escolha de Deus através da confissão sincera na salvação gratuita em Jesus Cristo, que morreu por nós e cujo sangue nos purifica de todos os nossos pecados.

Escolha e Missão
Pois bem, todos os que são escolhidos são também designados para alguma missão na obra de Deus. Então, por que temos tanta dificuldade em colocar a mão na massa e começarmos a trabalhar?

Uma das principais razões é a eterna desculpa de que nos falta algo. É aquela velha história: “se eu tivesse tal coisa...”; “se Deus tivesse me dado tal talento ou tal dom...”; e por aí vai!

Desculpas esfarrapadas
A nossa postura diante de Deus é a mesma de Moisés.  No início ele tentou dar desculpas para não aceitar o chamado de Deus. Moisés vivia o problema da baixa autoestima. Ele não se dava conta de que Deus capacita àqueles que são chamados.

A história de vida de Moisés até aquele momento justifica sua baixa autoestima. Ele tentou libertar o povo de Israel através de sua própria força e não conseguiu. Tornou-se fugitivo e estava vivendo isolado em uma terra distante, pastoreando o rebanho do seu sogro.

Ferramenta de trabalho
Quando Deus o chamou do meio da sarça ardente, Moisés só dispunha de um bordão e nada mais. Porém, o bordão era tudo para ele. Com o bordão ele protegia e guiava o rebanho.

O bordão era o seu sustento, a sua ferramenta de trabalho naquele deserto. Mas mesmo sendo um instrumento importante, não possuía nenhuma função extraordinária; era apenas um simples objeto.

Ferramenta de Deus
É importante observar que logo de início Deus não deu nada a Moisés além daquilo que ele já possuía: um simples bordão, aquele mero pedaço de madeira. 

Se Moisés ficasse esperando coisas preciosas, valiosas ou raras para começar a trabalhar, nunca teria deixado de ser um simples pastor de ovelhas no deserto.

Deus lhe mostrou o valor das ferramentas simples quando elas são dedicadas e ofertadas a Deus. Deus quer utilizar aquilo que ele já colocou em nossas mãos. Infelizmente, não gostamos de perceber isto.

Ferramenta Viva
A primeira lição importante que precisamos aprender é que tudo o que temos nas mãos pode adquirir vida se forem colocadas a serviço de Deus.  O bordão transformou-se em serpente. É algo miraculoso. Mas não nasceu miraculoso. 

O bordão de Moisés tornou-se extraordinário quando colocado diante de Deus.Costumamos não valorizar o que Deus já nos deu e, por isso, as ferramentas que já possuímos parecem tão sem valor, sem utilidade e sem vida. A saúde se transforma em doença. Os bens são consumidos pela traça ou levados pelo ladrão. A voz em rouquidão. A disposição em preguiça. O tempo em ansiedade. A vida passa e é como se ainda não tivéssemos vivido. É uma vida no lixo.

As ferramentas, todos nós já as possuímos, só resta dar-lhes vida. Só Deus pode conceder dar vida.  Ele é o autor da vida. Só o que está na presença de Deus pode ter vida própria, abundante e tornar-se dotado de funções extraordinárias.   

Ferramenta para a Glória de Deus
A segunda lição que temos é que tudo que colocamos a serviço de Deus, além de tornar-se vivo, torna-se também instrumento para a proclamação da glória de Deus. 

A essência e finalidade da vida do ser humano é glorificar a Deus e alegra-se nele dia após dia, por toda a eternidade. A glória de Deus é o sentido da vida!

Então, todas as ferramentas que possuímos precisam ser usadas para a glória de Deus e benefício da obra do seu Reino aqui na Terra. O simples bordão de Moisés, que antes servia apenas para pastorear um rebanho, ao ser colocado à disposição de Deus tornou-se instrumento de glória

Com ele, Moisés deu demonstração de poder aos Egípcios: transformou as águas do rio Nilo em sangue;  abriu o mar vermelho; tirou água da rocha; simbolizou o poder absoluto de Deus sobre as força da natureza.

Uma simples habilidade ou os nossos poucos bens, quando colocados à disposição na presença de Deus, podem se tornar ferramentas vivas, poderosas e próprias para glorificar a Deus e nos conceder alegria eterna.

Portanto, não devemos menosprezar nossa vida, nem menosprezar o que Deus nos dá. Mas sim, usá-los como ferramentas vivas e poderosas para glorificar e louvar ao nosso Deus. 

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Miriã – uma líder colaborando com outro líder

Nos dias de hoje, em que o papel da mulher como líder tem sido alvo de tantas especulações distorcidas, é fundamental prestarmos um pouco de atenção ao que a Bíblia nos ensina sobre alguns exemplos de liderança feminina.

Assim, vamos refletir um pouco sobre o papel da profetisa Miriã, irmã mais velha de Moisés e sua colaboradora na missão de libertar o povo de Deus da escravidão do Egito.


Família de líderes
Falamos anteriormente sobre alguns aspectos importantes da liderança de Moisés. Ele foi um grande líder a serviço do povo de Deus. E quando Deus designa algum líder ele nunca o deixa desamparado. A segurança do líder cristão está na providência de Deus.

E Deus providenciou ajuda para Moisés dentro de sua própria família. A babá de Moisés foi sua mãe, seu irmão Arão foi seu porta-voz e foi designado como sacerdote do povo. E sua irmã Miriã teve um papel muito importante como profetisa e ajudou Moisés em momentos importantes.

Líder servindo ao líder
Lembremo-nos de que ela acompanhou e vigiou o cestinho em que o Moisés foi colocado por sobre as águas do Nilo quando ainda era bebê. “A irmã do menino ficou de longe, para observar o que lhe haveria de suceder .....Então, disse sua irmã à filha de Faraó: Queres que eu vá chamar uma das hebréias que sirva de ama e te crie a criança?” (Êxodo 2:4;7)

Miriã destacou-se como grande incentivadora dos louvores de gratidão pela libertação do povo de Israel. O seu exemplo de dinamismo e louvor incentivou todas as mulheres de Israel em a acompanharem numa grande demonstração de gratidão. “Então Miriã, a profetisa, irmã de Arão, pegou um tamborim e todas as mulheres a seguiram, tocando tamborins e dançando. E Miriã lhes respondia, cantando: "Cantem ao Senhor, pois triunfou gloriosamente. Lançou ao mar o cavalo e o seu cavaleiro". (Êxo 15:20-21)

Líder acima do líder
Porém, em certo momento de sua vida ela não soube entender que era apenas uma serva de Deus e quis sobrepujar a própria liderança do irmão Moisés. Esqueceu-se de que o líder cristão não se destaca pelas críticas que faz, mas pelo serviço que presta.

Pela disciplina de Deus, Mirã foi coberta de lepra e precisou ficar fora do convívio do povo para que reconhecesse que o líder de Deus deve estar ciente de sua limitação e reconhecer sempre as lideranças superiores. Bons líderes não se sobrepõem a outros líderes, mas colaboram mutuamente para o crescimento do Reino de Deus. “Então Miriã ficou isolada sete dias fora do acampamento, e o povo não partiu enquanto ela não foi trazida de volta” (Números 12:15)

Líder ao lado do líder
Miriã reconheceu seu pecado e voltou ao convívio do povo, sendo reconhecida pelo seu trabalho, pelo seu louvor e pelo seu envolvimento na obra libertadora de Deus. A oração de Moisés em favor de sua irmã demonstra o exemplo de mansidão que um líder deve exercer quando menosprezado.  

Entre verdadeiros líderes, a primazia está no serviço e não na posição ou no nome da função desempenhada.
Homens e mulheres não só podem como devem desempenhar sua liderança através do serviço, independente do nome da função ou da posição de destaque.

Líder = (homem + mulher) X Colaboração
Se a Bíblia designa expressamente certas funções na obra de Deus exclusivamente a homens e não a mulheres é como forma de reconhecer as diferenças existentes quanto à sensibilidade, temperamento e força.

A distribuição da liderança entre os sexos é uma aritmética simples e poderosa criada com perfeição por Deus, porém distorcida pela pecaminosidade humana.

As distinções entre os sexos não foram estabelecidas por Deus como instrumento de dominação servil e humilhação, mas como critério de equilíbrio de forças e sensibilidades. A palavra-chave é colaboração, cada qual na sua respectiva função. Embora criados equilibradamente diferentes, diante de Deus, somos todos iguais.

O segredo está na disposição em colaborar uns com os outros em sinal de gratidão e louvor a Deus! 

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Moisés – a Fé de um líder

“Foi pela fé que Moisés, quando já era adulto, não quis ser chamado de filho da filha de Faraó. Ele preferiu sofrer com o povo de Deus em vez de gozar, por pouco tempo, os prazeres do pecado. Ele achou que era muito melhor sofrer o desprezo por causa do Messias do que possuir todos os tesouros do Egito. É que ele tinha os olhos fixos na recompensa futura. Foi pela fé que Moisés saiu do Egito, sem ter medo da raiva do rei, e continuou firme, como se estivesse vendo o Deus invisível. Pela fé Moisés começou o costume de celebrar a Páscoa e mandou marcar com sangue as portas das casas dos israelitas para que o Anjo da Morte não matasse os filhos mais velhos deles. Foi pela fé que os israelitas atravessaram o mar Vermelho como se fosse terra seca. E, quando os egípcios tentaram atravessar, o mar os engoliu”(Hebreus 11:24-29 NTLH)

No texto anterior, quando falamos sobre a identidade de um líder, deixamos claro que, pelo menos no meio cristão, o bom líder é aquele que faz e motiva os outros a fazerem por meio do exemplo do trabalho. Essa coisa de que bom líder é aquele que só distribui tarefas e fica olhando os outros trabalharem é lorota e não condiz com os ensinamentos de Cristo.

Fé e Trabalho.
Moisés é um exemplo de líder que trabalhava. E o trabalho de Moisés era fruto de sua fé. A motivação do líder cristão deve ser a sua fé no evangelho de Jesus Cristo. Pois, a verdadeira fé salvadora produz certeza, esperança e perseverança suficientes para superar qualquer obstáculo. E a razão principal disso é que a verdadeira fé não vem de nós mesmos, ela vem pela atuação do Espírito Santo que habita em nós. A fé salvadora é dom de Deus (Efésios 2:8).

Um líder de fé é aquele cujas escolhas estão além dos prazeres que o mundo oferece. Moisés soube fazer as escolhas certas. Ele recusou ser tratado como príncipe do Egito, pois sabia que, apesar do sucesso e dos prazeres, aquele não era o seu lugar e nem o seu povo. Líderes seduzidos pelos prazeres e pelo sucesso não são líderes de verdade, mas apenas ídolos de barro.

Fé e Humildade.
Moisés aceitou sofrer o desprezo das pessoas, pois sabia que estava a serviço de Deus. O líder cristão deve estar consciente de que raras vezes o desejo da maioria corresponde à vontade de Deus. A influência e o clamor das maiorias têm sido a causa da ruína para muitos líderes. O verdadeiro líder cristão é humilde o suficiente para ser tirado de cena e substituído, ao invés de ceder quanto aos princípios básicos de sua fé. E para superar e conviver com o desprezo da maioria é preciso fé.  

Fé e Gratidão.
Deus somente realiza maravilhas através líderes que possuem fé suficiente para serem desprezados, humilhados e envergonhados diante de uma multidão de incrédulos.As maravilhas de Deus são para poucos. E quando falo de maravilhas não falo de coisas mirabolantes e extravagantes, mas da alegria com a simplicidade da vida que Deus proporciona em qualquer situação. Vida maravilhosa é vida de gratidão, de santidade, de serviço, de contentamento sincero e de louvor contínuo.

Deus fez coisas maravilhosas para o seu povo por intermédio de Moisés: salvou os primogênitos dos israelitas, abriu o mar vermelho, deu-lhes pão vindo do céu, saciou-lhes a sede no deserto, concedeu-lhes vitórias sobre os inimigos etc. Todavia, o povo demonstrava constante ingratidão contra Deus e contra a liderança de Moisés. E qual era a atitude de Moisés? Ele intercedia por um povo ingrato. Quantos são os líderes que sabem lidar com a ingratidão? Poucos, pouquíssimos.

Fé e Santidade.
Moisés sabia que Deus estava purificando aquele povo para que pudessem entrar na Terra Prometida. Ele reconhecia a soberania de Deus e era grato por ser escolhido por Deus. O verdadeiro líder cristão sabe da força da pecaminosidade humana, mas se fortalece na santidade de Deus. A ingratidão humana é a principal razão para não vermos as maravilhas de Deus que estão a nos rodear diariamente. O ingrato é digno de pena, de oração e de conversão. Moisés sabia muito bem disso. Moisés orou por um povo ingrato.

A fé de um verdadeiro líder vem de Deus. É fé salvadora. É fé libertadora. É fé em Cristo que morreu para nos salvar. A fé de um líder cristão se apresenta ao mundo pelo trabalho, pela humildade e pela gratidão. Para ser líder nos padrões divinos é preciso muita coragem!

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Moisés – a identidade de um líder

Pois agora o clamor dos israelitas chegou a mim, e tenho visto como os egípcios os oprimem. Vá, pois, agora; eu o envio ao faraó para tirar do Egito o meu povo, os israelitas". Moisés, porém, respondeu a Deus: "Quem sou eu para apresentar-me ao faraó e tirar os israelitas do Egito? " Deus afirmou: "Eu estarei com você. Esta é a prova de que sou eu quem o envia: quando você tirar o povo do Egito, vocês prestarão culto a Deus neste monte". (Êxodo 3:9-12, NVI)
Um dos assuntos que mais despertam interesse na atualidade é sobre as qualidades e características de um bom líder. Basta ir a qualquer livraria e verificar a quantidade absurda de livros tratando sobre liderança.

A ideia dominante e que se vende na maioria destes livros é que o bom líder é aquele que fica só no comando, levando a fama pelo trabalho que os outros executam. Esses livros insistem em vender os “segredos” para se fazer os outros trabalharem enquanto você é que se dá bem. Tais livros são, em sua maioria, manuais para preguiçosos com mania de grandeza.

No meio cristão não deveria ser assim. Líder cristão é aquele que faz o deve ser feito, que executa tarefas, que põe as mãos no arado e que trabalha, ainda que todos ao redor estejam desanimados. Se ele for motivar alguém, será pelo exemplo do trabalho e não pelo discurso. Pelo menos, essa foi a ordem dada por Cristo. “Mas entre vocês não pode ser assim. Pelo contrário, quem quiser ser importante, que sirva os outros” (Mateus 20:26, NTLH)

A liderança que Moisés exerceu sobre o povo de Israel ilustra bem as marcas que devem estar presentes na vida de um líder. E a principal delas, com certeza, é a identidade. O verdadeiro líder é identificado pelo seu chamado para o serviço. Líder é aquele que foi chamado para servir.

Moisés recebeu a incumbência de liderar o povo de Israel em uma caminhada cheia de obstáculos. O primeiro deles foi conseguir a saída do povo do Egito. O líder é identificado pelo seu serviço.

Líder é aquele que está trabalhando. Moisés não foi chamado quando estava de férias na casa do sogro. Ele era o responsável por cuidar dos rebanhos do sogro. 

Moisés não se reconhecia como líder, mas como servo. Deus é quem o identificou como líder enquanto ele trabalhava.

A identidade de um líder está também no seu histórico de vida. Ao ser chamado por Deus, Moisés já estava com a idade de 80 anos. Mas, desde jovem, Moisés demonstrava as marcas de um líder.

A Bíblia afirma que ele foi educado em toda a ciência dos egípcios, ou seja, ele aprendeu sobre o mundo que estava ao seu redor no esforço do estudo.Moisés estudou, preocupou-se em aprender e também em fazer.

Ele aprendeu também sobre sua verdadeira origem e sobre a história de seu verdadeiro povo. Porém, todo este aprendizado não o tornou um vaidoso intelectual, ao contrário, ele buscou transformar a realidade social do povo de Israel.

O seu fracasso na juventude foi que até então ele ainda não conhecia, face a face, o Deus que criou todas as coisas e que pode transformar qualquer realidade social.

É por isso que nos primeiros 80 anos de vida, Deus  estava moldando Moisés e o preparando para o dia em que iria identificá-lo como um grande líder e colocá-lo para trabalhar arduamente pelos próximos 40 anos de sua vida.

Será que podemos hoje ser identificados como líderes segundo os padrões de Deus?

domingo, 9 de outubro de 2011

José do Egito – perdão em qualquer circunstância


Então mandaram dizer a José: —Antes que o seu pai morresse, ele mandou que pedíssemos a você o seguinte: “Por favor, perdoe a maldade e o pecado dos seus irmãos, que o maltrataram. ” Portanto, pedimos que perdoe a nossa maldade, pois somos servos do Deus do seu pai. ....... Mas José respondeu: —Não tenham medo; eu não posso me colocar no lugar de Deus. É verdade que vocês planejaram aquela maldade contra mim, mas Deus mudou o mal em bem para fazer o que hoje estamos vendo, isto é, salvar a vida de muita gente. Não tenham medo. Eu cuidarei de vocês e dos seus filhos. Assim, ele os acalmou com palavras carinhosas, que tocaram o coração deles. (Gênese 50:16-21)

José do Egito encontrou forças em Deus para triunfar sobre uma das maiores fraquezas humanas: o desejo de vingança.

Perdoar não é fácil! O perdão é um sentimento que não satisfaz a natureza humana contaminada pelo pecado. Todavia, é cientificamente comprovado que a falta de perdão causa doenças terríveis, até mesmo o câncer. Mas, ainda assim, preferimos cultivar o ódio e aguardar o “doce” momento da vingança. O pecado nos faz estúpidos.

José do Egito estava diante do melhor momento de sua vida para exercer a vingança contra toda a maldade que sofreu. Os seus irmãos dependiam dele para tudo. Ele os estava sustentando e lhes dava segurança na terra do Egito. O pai, Jacó, já estava morto. Então, não havia melhor momento para vingar-se dos irmãos.

Porém, José era um homem realmente especial.  Ele nunca permitiu que as coisas negativas e desagradáveis que vivera pudessem afetá-lo ou prejudicar o seu relacionamento com Deus. José não era um homem de ferro ou insensível diante das fraquezas humanas. Ele tinha plena consciência de que seus irmãos deveriam ser punidos. Mas ele reconhecia que a vingança compete a Deus. José sabia que se Deus havia transformado o mal em bem, poderia transformar também o coração de seus irmãos. 

Existem circunstâncias na vida em que nos enganamos ao pensar que estamos praticando um ato de justiça, quando, na verdade, estamos praticando atos de vingança.  Vingança é a expressão do ódio. Justiça é expressão do amor. Se, por exemplo, José matasse seus irmãos, eliminaria as futuras tribos da nação de Israel. Sua intimidade com Deus lhe permitia antever o futuro! 

Só uma vida de intimidade com Deus pode nos fazer distinguir entre o que é justiça e o que é vingança.  

Perdoar é forma de expressar gratidão a Deus. Praticamos a vingança porque não pensamos no amor de Deus, mas apenas nos erros dos outros. Praticamos a vingança porque nos esquecemos que também erramos. Praticamos a vingança porque desprezamos o perdão de Deus em nossas vidas. 

No sacrifício de Cristo em nosso favor foi que alcançamos o perdão de Deus. Assim, perdoamos aos outros porque Deus nos perdoou primeiro. “Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós”(Col 3:13)

Mas como o perdão é algo contrário à natural carnal, é preciso ser praticado, exercitado e fortalecido mediante oração e submissão à vontade de Deus. E ele nos fortalecerá! 

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

José do Egito – superação em todas as circunstâncias

“Depois fez com que José subisse no carro reservado para a maior autoridade do Egito depois do rei e mandou que os seus homens fossem na frente dele, gritando: “Abram caminho! ” Assim, José foi posto como governador de todo o Egito. O rei disse a José: —Eu sou o rei, mas sem a sua licença ninguém poderá fazer nada em toda a terra do Egito” (Gêneses 41:43-44)
Após tantos sofrimentos e angústias, os versículos acima mostram um dos grandes triunfos da vida de José. Ele foi posto como governador de toda a nação egípcia. Faraó, rei do Egito, reconheceu sua capacidade e a presença do Espírito de Deus na vida de José.

Pois bem, quais são, então, os principais fatores que fizeram José ser reconhecido como um homem fiel a Deus e próspero diante dos homens, apesar das circunstâncias adversas pela qual passou durante sua vida?

1º)Presença de Deus: Deus estava com José porque José andava na presença de Deus.  “Aproximem-se de Deus, e ele se aproximará de vocês!” (Tiago 4:8). Sem a busca constante da presença de Deus é fácil ser dominado pelas circunstâncias ruins. Buscamos a presença de Deus quando obedecemos à sua vontade.


2º)Trabalho: José trabalhava com seriedade. Quando Jacó o mandou vigiar o trabalho dos irmãos, ele foi sem reclamar; ele foi competente em seu serviço como mordomo de Potifar; José foi um presidiário trabalhador e, por isso, foi digno da confiança do carcereiro; como Governador do Egito, ele foi perspicaz  e diligente durante o período de fartura, possibilitando segurança e comida durante o período de fome.
  
3º)Bons pensamentos: mente vazia é oficina do diabo, com certeza. O pensamento vago nos leva a pecar e nos impede de trabalhar.  “Por último, meus irmãos, encham a mente de vocês com tudo o que é bom e merece elogios, isto é, tudo o que é verdadeiro, digno, correto, puro, agradável e decente” (Filipenses 4:8). O erro começa sempre pela mente, através da premeditação. O nosso principal órgão sexual é a mente; o maior arquiteto de crimes é também a mente. Tudo de bom ou de ruim sempre começará pela mente.  Assim, se nela cultivarmos sementes puras, com certeza, irão germinar.

4º)Temor do Senhor: José sabia que qualquer pecado que cometemos, o fazemos contra Deus. Ele fugiu do assédio da mulher de seu patrão porque sabia que se cedesse estaria pecando, primeiramente, contra Deus e não só contra o seu dono. Perceba que ele fugiu. José sabia que em determinadas circunstâncias é melhor fugir. Não dá para negociar com o pecado sem pecar. É tudo ou nada. “...e pelo temor do SENHOR os homens evitam o mal” (Provérbios 16:6)

Parece até que é simples, não é? E realmente é simples mesmo. Pois, a prática destes quatro fatores pode conduzir qualquer pessoa a alcançar grandes conquistas na vida espiritual e também na vida em sociedade, ainda que venha a sofrer circunstâncias desagradáveis.  Mas vejam que é preciso praticá-las. E “praticar” significa determinação e perseverança contra o pecado, ou seja, prosseguir ainda que tudo pareça estar dando errado. 

domingo, 2 de outubro de 2011

José do Egito – prosperidade, apesar das circunstâncias


Disse, pois, o faraó a José: "Uma vez que Deus lhe revelou todas essas coisas, não há ninguém tão criterioso e sábio como você. Você terá o comando de meu palácio, e todo o meu povo se sujeitará às suas ordens. Somente em relação ao trono serei maior que você". E o faraó prosseguiu: "Entrego a você agora o comando de toda a terra do Egito".(Gêneses 41:39-41 NVI)

A história da vida de José é um clássico exemplo de uma vida de verdadeira prosperidade.

José experimentou a prosperidade em todas as fases da vida:
 i)Quando ainda vivia com a família, ele prosperou mais do que seus irmãos, pois gozava da preferência do pai e ganhava os melhores presentes. 
ii)Ao ser vendido como escravo ao Egito, ele se tornou o administrador do patrimônio do seu senhor e trouxe grande prosperidade àquela casa. 
iii)Ao ser preso injustamente, ele se tornou o ajudante de confiança do carcereiro e este lhe confiou o cuidado dos outros presos. 
iv)E ao tornar-se governador de todo o Egito fez com que a nação prosperasse e enriquecesse até mesmo no período de fome.

A prosperidade não está na posição social que ocupamos, mas na postura e no comportamento que assumimos independente da posição social que nos é reservada. José foi próspero como filho, escravo, preso e governador. Prosperidade é também atitude.

 Infelizmente, a palavra prosperidade se tornou motivo de polêmica no meio evangélico, mas não deveria ser assim.  A Bíblia não condena a prosperidade. E todo cristão tem a obrigação de buscar ser próspero. O problema reside na compreensão correta do que seja prosperidade sob a perspectiva da Palavra de Deus.

Biblicamente, prosperar é sair da inércia espiritual progredindo em obediência, confessando os pecados, mudando de rumo, assumindo e cumprindo compromissos. “O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia”(Provérbios 28:13)

Ser próspero não significa ser rico financeiramente, mas rico nas misericórdias e bênçãos de Deus. Porém, é obvio que um estilo cristão de vida trará, inevitavelmente, mais prosperidade financeira também. Uma vida sem vícios e sem gastar dinheiro à toa, por exemplo, será naturalmente mais próspera, física e financeiramente.

A verdadeira prosperidade está intimamente ligada à recompensa de Deus pela obediência sincera. Da mesma forma que a mediocridade e fracasso são a justa recompensa pela desobediência e rebeldia. “O SENHOR te porá por cabeça e não por cauda; e só estarás em cima e não debaixo, se obedeceres aos mandamentos do SENHOR, teu Deus, que hoje te ordeno, para os guardar e cumprir. Não te desviarás de todas as palavras que hoje te ordeno, nem para a direita nem para a esquerda, seguindo outros deuses, para os servires” (Deuteronômio 28:13-14)

É comum ver crentes repetindo uns para os outros que são e devem ser “cabeça e não cauda”, mas se esquecem de que há uma condição para a realização desta promessa: obediência aos mandamentos de Deus.

Sem obediência não há verdadeira prosperidade.

No próximo post vamos analisar os fatores que fizeram de José um homem próspero.