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sábado, 25 de fevereiro de 2012

Do HOMEM e suas crises existenciais (parte 3)

Crises existências surgem tanto da inércia como de ações erradas. Não fazer o que deve ser feito é fonte de frustração. Fazer o que não deve ser feito resultará em fracasso. Vidas frustradas e fracassadas são marcadas por terríveis crises existenciais.

A única maneira de não fracassar ou não se frustrar é seguir o propósito para o qual Deus nos criou que é glorificá-lo e somente alegra-se Nele que é o Autor da Vida.

Já vimos o que é glorificar a Deus. Agora, é importante entender quais as ações e atitudes revelam o cumprimento deste propósito em nossas vidas.

Quais são as maneiras de Glorificar a Deus? Podemos listar as seis principais maneiras de expressarmos nossa glorificação a Deus:

Confessando. O distanciamento que o ser humano busca de Deus, a ponto de declarar-se ateu ou a indiferença em relação à vida espiritual, são causadas pela ação do pecado.  O pecado nos distancia de Deus. Não posso glorificar estando distante Dele. A aproximação de Deus e a sua glorificação se dá, em primeiro lugar, pela confissão sincera. “Mas, se confessarmos os nossos pecados a Deus, ele cumprirá a sua promessa e fará o que é correto: ele perdoará os nossos pecados e nos limpará de toda maldade”(1Jo 1:9)

Crendo na Salvação. Sem fé é impossível agradar a Deus. Mas não é qualquer fé. Estamos falando da fé salvadora. Só há um caminho que pode ligar o homem a Deus. Esse caminho é Jesus Cristo que morreu por nós e ressuscitou, vencendo a morte e apontando o caminho para todo aquele possui fé verdadeira. “Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição”(Rom 6:5)

Frutificando. A fé sem obras é morta. A prática de boas obras é obrigatória aos cristãos, pois quando feitas como expressão de gratidão pela salvação imerecida que Cristo conquistou por nós, demonstram a existência de Fé verdadeira. “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mat 5:16)

Contentamento e alegria. Pessoas que tem um estilo de vida infeliz e murmurador demonstram falta de gratidão a Deus, desprezam as bênçãos de Deus nesta vida e também ignoram as promessas de novos céus e nova terra. Viver contente e alegre, apesar das circunstâncias, é um estilo de vida possível apenas para quem compreende o destino final que Deus nos reservou na eternidade. “É claro que a religião é uma fonte de muita riqueza, mas só para a pessoa que se contenta com o que tem. O que foi que trouxemos para o mundo? Nada! E o que é que vamos levar do mundo? Nada!”(1Tm 6:6-7)

Evangelizando. A luz é existe para brilhar e iluminar os nossos caminhos. Crer que a fé em Jesus Cristo é o único caminho que nos reconcilia e conduz a Deus é uma benção de Deus que deve, obrigatoriamente, ser compartilhada com todas as pessoas do mundo.  “pregue a mensagem e insista em anunciá-la, seja no tempo certo ou não. Procure convencer, repreenda, anime e ensine com toda a paciência”(2Tm 4:2)

Santificando. Ser santo é ser separado e dedicado a Deus. Ser santo é cumprir o propósito de glorificar a Deus. É santo quem dedica o melhor de sua existência ao serviço de Deus. Vidas dedicadas são vidas que glorificam. “Mas vocês são a raça escolhida, os sacerdotes do Rei, a nação completamente dedicada a Deus, o povo que pertence a ele. Vocês foram escolhidos para anunciar os atos poderosos de Deus, que os chamou da escuridão para a sua maravilhosa luz”(1Pe 2:9)

CONCLUSÃO
As crises existências pelas quais passamos são oportunidades que Deus nos dá para reconhecermos nossa insignificância e buscarmos sua presença gloriosa. Somente a presença de Deus é capaz de dar sentido à vida. Uma vida sem a presença do Deus único e verdadeiro é uma vida inútil. O antídoto contra as crises existenciais está em viver uma vida abundante. E vida abundante só existe em Jesus Cristo. Só ele nos garante a verdadeira vida!

“....eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (João 10:10)

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Do HOMEM e suas crises existenciais (parte 2)

Crise existencial é uma espécie de ressaca de carnaval. 

É aquele sentimento angustiante de quem aproveitou de tudo o que podia, e que não podia, como se a folia nunca fosse se acabar. Mas a quarta-feira de cinzas chegou. Só sobraram as cinzas! E a festa acabou. E agora? O que fazer? É hora de voltar ao mundo real e arcar com as consequências do exagero. Mas as consequências nem sempre são fáceis. 

A desilusão com o mundo real é um sintoma de crise existencial.

Ao meditar sobre a vida do homem entregue somente aos prazeres e ambições, o rei Salomão nos dá um excelente exemplo da crise existencial que os atinge. Viver em função dos prazeres ou da satisfação dos próprios desejos é como correr atrás do vento. “Tudo quanto desejaram os meus olhos não lhes neguei, nem privei o coração de alegria alguma, pois eu me alegrava com todas as minhas fadigas, e isso era a recompensa de todas elas. Considerei todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também o trabalho que eu, com fadigas, havia feito; e eis que tudo era vaidade e correr atrás do vento, e nenhum proveito havia debaixo do sol”(Ecl 2:10-11)

Crises existências existem em razão do fato de perder o foco da vida. Viver fora do propósito correto é viver em crise. É perder o rumo. É vida de fim de carnaval.
   
Já vimos que a razão maior da nossa existência é glorificar a Deus e o resultado de uma vida que glorifica a Deus é o encontro da verdadeira satisfação e alegria.

Então, o que é glorificar a Deus?

Glorificar a Deus é um sentimento de apreciação. É entronizá-lo acima de todas as demais coisas da vida. É saber que Ele está acima de tudo e de todos.  “Pois tu, ó SENHOR, estás para sempre acima de tudo e de todos” (Slm 92:8)

Glorificar a Deus é um sentimento de adoração. É reconhecê-lo como rei supremo e absoluto de nossas vidas. Reconhecer que Ele governa com poder. “Louvem o SENHOR, o grande Deus! Todo o povo levantou os braços e respondeu: —Amém! Amém! Aí se ajoelharam e, com o rosto encostado na terra, adoraram a Deus, o SENHOR” (Neemias 8:6)

Glorificar a Deus é um sentimento de afeição. É amá-lo incondicionalmente, pois Ele nos concedeu a vida e nos dá tudo o que precisamos para cultuá-lo. “Portanto, amem o SENHOR, nosso Deus, com todo o coração, com toda a alma e com todas as forças. Guardem sempre no coração as leis que eu lhes estou dando hoje e não deixem de ensiná-las aos seus filhos. Repitam essas leis em casa e fora de casa, quando se deitarem e quando se levantarem.”(Deu 6:5-7)

Glorificar a Deus é um sentimento de sujeição. É estar pronto a servi-lo e oferecer-se a Ele. É estar pronto a abrir mão das próprias vontades e dos desejos que nos impedem de cumprirmos o propósito para o qual fomos trazidos à existência. “Como fiel soldado de Cristo Jesus, tome parte no meu sofrimento. Pois o soldado, quando está servindo, quer agradar o seu comandante e por isso não se envolve em negócios da vida civil.”(2Tm 2:3-4)


Assim, glorificar a Deus é colocá-lo em primeiro lugar em nossas vidas, é reverenciá-lo como nosso Senhor e Rei, é amá-lo mais do que a tudo e a todos. Porém, estas não são atitudes meramente contemplativas, mas práticas. Glorificar a Deus é agir a seu serviço. É executar com prazer e alegria às suas santas ordenanças. 


Na próxima postagem meditaremos sobre as maneiras de glorificá-lo.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Do HOMEM e suas crises existenciais (parte 1)

Por que o ser humano é agonizado por problemas existenciais tais como desilusão, frustração, depressão emocional, crise de identidade... etc?
A reposta está no fato de que não sabemos, ou não queremos saber, a razão da nossa existência. Saber a razão da existência é saber que rumo seguir na vida. Quem segue a vida sem rumo ou segue o rumo errado fica perdido, entra em crise.

Qual a razão da existência do ser humano? Quem conhece a Bíblia sabe muito bem a resposta. O razão da existência do ser humano é glorificar a Deus e alegra-se nele para sempre. É uma resposta simples e objetiva. “Pois todas as coisas foram criadas por ele, e tudo existe por meio dele e para ele. Glória a Deus para sempre! Amém!”(Romanos 11:36)

Respostas simples resolvem vários problemas em qualquer área da vida. O ser humano então existe para duas finalidades básicas: 1)glorificar a Deus e 2)alegrar-se em Deus por toda a eternidade. Ou seja, se glorifico a Deus encontro alegria e felicidade verdadeira.

Glorificar a Deus. Quem é Deus? Há três pessoas na Divindade. O Pai, que nos deus a vida; o Filho (Cristo) que entregou sua vida por nós; e o Espírito Santo, que nos dá nova vida. Estas três pessoas formam um só Deus vivo, poderoso e glorioso.

Anunciar as maravilhas de Deus é uma das formas de glorificá-lo e de dar razão à existência humana. “Portanto, vão a todos os povos do mundo e façam com que sejam meus seguidores, batizando esses seguidores em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”(Mat 28:19)

Porém, para anunciar é preciso conhecê-lo. Se não me interesso em conhecer a ação de Deus na história da humanidade (meditar na Bíblia), não estarei glorificando a Deus e se não glorificar a Deus não encontrarei felicidade.

Crises existenciais se instalam e não se resolvem por não seguirmos bons conselhos. Onde tenho buscado orientação para minhas crises? “Tu me guias com os teus conselhos e no fim me receberás com honras. No céu, eu só tenho a ti. E, se tenho a ti, que mais poderia querer na terra? Ainda que a minha mente e o meu corpo enfraqueçam, Deus é a minha força, ele é tudo o que sempre preciso” (Salmo 73:24-26)

Na próxima postagem meditaremos sobre o que é glorificar a Deus e sobre as diversas maneiras de glorificá-lo em nossas vidas?

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Bíblia - A chave da verdade (resumo)



BÍBLIA - a chave da verdade! (parte 1)
Clique e leia:Revelação especial de Deus ao seu povo

BÍBLIA - a chave da verdade (parte 2) 
Clique e leia:A Bíblia serve para quê? 

BÍBLIA - a chave da verdade (parte 3) 
Clique e leia: É possível acreditar em toda a Bíblia?
BÍBLIA - a chave da verdade (parte 4)  
Clique e leia: A Bíblia deve ter autoridade sobre as nossas vidas? De onde vem esta autoridade?


CONCLUSÃO:Aprendemos que as Escrituras Sagradas são a revelação especial do Deus Eterno para o seu povo e que o seu propósito é comunicar o plano de salvação de Deus para os seres humanos, visto que estes pecaram e foram destituídos da santa intimidade com o Criador.

Os objetivos das Escrituras são estabelecer, preservar e propagar a verdade absoluta sobre Deus e sobre os homens, além disso, elas instituem um padrão de conduta e obediência, tornando-se nossa única regra de fé e de prática.

As Escrituras Sagradas são formadas por duas coleções de livros dividas em dois testamentos (Velho e Novo), formando um total de 66 livros inspirados por Deus e cujo elo entre eles é a promessa da vinda do Salvador, promessa que se cumpriu na vida e na obra do Senhor Jesus Cristo.
A autoridade das Escrituras Sagradas se confirma por ela ser de autoria divina, uma vez que Deus, agindo soberanamente sobre a história humana, inspirou e capacitou homens tementes, em diferentes épocas e sociedades, a redigi-la e preservá-la para as futuras gerações. Sua autoridade também é confirmada pela interpretação e compreensão operada pelo Espírito Santo de Deus, superando nossas limitações e nos dando um entendimento ao qual não poderíamos alcançar por nós mesmos.

Por fim, a interpretação coerente das Escrituras é operada pela consideração da obra como um todo. A própria Escritura, sob a luz do Espírito Santo, é fonte para a sua interpretação. A Palavra interpreta-se a si própria. 

“A revelação das tuas palavras esclarece e dá entendimento aos simples.” (Salmos 119:130)


sábado, 4 de fevereiro de 2012

BÍBLIA - a chave da verdade (parte 4)

A Bíblia deve ter autoridade sobre as nossas vidas? De onde vem esta autoridade?

PRIMEIRO -    DA AUTORIA E INSPIRAÇÃO DIVINA
A autoridade das Sagradas Escrituras não procede de qualquer intervenção humana. Ao contrário, a autoridade da Palavra de Deus se impõe na história da humanidade, mesmo contra a vontade dos seres humanos.

O poder de Deus atua independente da ação contrária e desobediente do homem. Na pessoa de Adão, o primeiro homem, o qual possuía a plena capacidade de permanecer em obediência, o ser humano fez a escolha errada e desobedeceu a Deus, perdendo, assim, a intimidade com o criador. O primeiro homem nos deixou um legado de pecado e imperfeição que nunca poderíamos, por nossas próprias forças ou capacidade, recuperar junto ao criador.

Mas, na sua infinita misericórdia e amor pelos seres humanos, Deus agiu através de homens inspirados por ele próprio “porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo.” (2 Pedro 1:21) para que pudessem, no decorrer dos séculos nos legarem a revelação definitiva do propósito de Deus para a existência humana, principalmente o meio para o resgate da intimidade perdida no início.

Por isso,“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça,” (2 Timóteo 3:16)

SEGUNDO - DA INTERPRETAÇÃO SEGUNDO A ATUAÇÃO INTERNA DO ESPÍRITO SANTOA autoridade das Sagradas Escrituras reside também no fato de que a interpretação do seu conteúdo é uma tarefa que está muito além da capacidade humana.

Utilizar pura e simplesmente ferramentas humanas resultará em contradição. “Quanto a vós outros, a unção que dele recebestes permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é falsa, permanecei nele, como também ela vos ensinou.” (1 João 2:27)

A verdade revelada nas páginas da Bíblia somente será coerente e eficaz quando interpretada sob a luz concedida pelo Espírito Santo de Deus, enviado por Jesus Cristo como consolador e orientador de nossas vidas: “Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus.  Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o seu próprio espírito, que nele está? Assim, também as coisas de Deus, ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus.  Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e sim o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente.” (1 Coríntios 2:10-12)

A leitura e a meditação na Palavra de Deus exigem, acima de tudo, humildade e sujeição a Deus, exige o reconhecimento de nossas limitações. Por exemplo, eu não posso ler a Bíblia para encontrar justificativa para os meus desejos e vontades, ao contrário, devo ler a Bíblia para encontrar o desejo de Deus para a minha vida. Se assim não o fizer, estarei zombando da revelação especial de Deus: “... há certas coisas difíceis de entender, que os ignorantes e instáveis deturpam, como também deturpam as demais Escrituras, para a própria destruição deles.” (2 Pedro 3:16)

TERCEIRO - DA INTERPRETAÇÃO: A PALAVRA PELA PALAVRAConfiado na autoridade vinda da autoria Divina e na capacidade conferida pelo Espírito Santo, nós temos a certeza de que as Sagradas Escrituras formam um todo coerente, verdadeiro e com eficácia plena para nos mostrar aquilo que Deus requer de nós.

A coerência das Escrituras se confirma não pela compreensão isolada dos textos ou dos livros que a compõem, mas da coesão e coerência da obra como um todo. Isolar textos bíblicos e interpretá-los ao sabor das vontades e caprichos humanos é deturpar o sentido da obra inteira e fonte de engano e mentira.

O único meio seguro, nobre e santo de apreender e compreender a Palavra de Deus é buscar nela mesma a coerência e a verdade que o Espírito de Deus nos quer comunicar. Devemos, para isso, seguir o exemplo dos crentes da cidade de Beréia: “Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim.” (Atos 17:11) Ao ouvirem a mensagem falada do evangelho, eles procuravam a confirmação na própria Escritura.