“Todo caminho do homem é reto aos seus próprios olhos, mas o SENHOR sonda os corações.”(Prv 21:2)
O verdadeiro interior dos homens é conhecido somente por
Deus. Olhamos para as pessoas, mas é possível conhecer apenas o exterior, a
fachada. As reais motivações e os sentimentos verdadeiros são conhecidos apenas
por Deus.
Na verdade, somos orientados apenas pelas aparências.
Conhecemos apenas o mundo das vitrines. Os nossos preconceitos e conceitos,
infelizmente, são quase que totalmente construídos a partir apenas das
impressões exteriores.
A história de vida dos três primeiros reis de Israel ilustra
muito bem a diferença entre a visão superficial humana e a visão daquele que tudo criou.
O julgamento dos homens é falho e pecaminoso. Mas a sabedoria e o domínio
de Deus sobre todas as coisas, porém, é absoluta e infalível. Deus conhece a essência,
pois ele é o Criador Supremo.
SAUL – CORAÇÃO EGOÍSTA
Saul, o primeiro rei de
Israel foi a pura expressão do poder enganoso das aparências. Deus permitiu que
o povo de Israel sofresse ao ser governado por um rei vaidoso, soberbo e
desobediente. O povo não queria um rei aprovado por Deus, mas um rei que
tivesse aparência de rei. Eles queriam imitar as outras nações.
A motivação de Saul era
satisfazer aos seus próprios desejos. A desobediência e a vaidade de Saul lhe
reservaram um final trágico: a vergonha e o suicídio. “Saul morreu assim porque
foi infiel a Deus, o SENHOR. Ele desobedeceu aos mandamentos de Deus e consultou
os espíritos dos mortos” (1Cr 10:13)
DAVI – CORAÇÃO CONSAGRADO
Davi, o segundo rei de
Israel, foi um escolhido e ungido pelo próprio Deus. Nem mesmo o pai de Davi
lhe dava qualquer prestígio ou o estimava. Ele foi o último dos filhos a ser
lembrado pelo próprio pai. Todavia, mesmo sem a estatura física de um Rei, ele
era um pastor zeloso, valente defensor das ovelhas do pai e extremamente
reverente diante do poder de Deus.
Davi, como qualquer ser humano, cometeu
graves pecados; porém, ao contrário de Saul, nunca recorreu aos espíritos
enganadores e nem procurou desculpas esfarrapadas para seus pecados. Ele
arrependia-se e suplicava pela misericórdia e pelo perdão de Deus.
A motivação de Davi era
agradar a Deus em primeiro lugar. E Deus o honrou sobremaneira, garanti-lhe que
nunca um descendente dele deixaria de governar o povo de Israel, promessa que
se cumpriu logo em seguida, através do reinado de Salomão e para todo o sempre através
do reinado eterno de Jesus Cristo. “E, quando você morrer e for sepultado ao
lado dos seus antepassados, eu colocarei um dos seus filhos como rei e tornarei
forte o reino dele” (1Cr 17:11)
SALOMÃO – CORAÇÃO DIVIDIDO
Salomão, o terceiro rei
de Israel, filho de Davi, foi um rei também escolhido por Deus, como cumprimento da promessa feita o pai. No início do seu
reinado ele deu demonstração de fidelidade e compromisso. Ele poderia ter
pedido qualquer coisa para Deus, mas soube pedir o principal, sabedoria para
governar. “Portanto, dá-me sabedoria para que eu possa governar o teu povo com
justiça e saber a diferença entre o bem e o mal. Se não for assim, como é que
eu poderei governar este teu grande povo?”(1Rs 3:9)
E Deus lhe concedeu não
apenas este pedido, mas também glória, poder e riqueza que nunca nenhum outro
rei havia possuído antes. Porém, as riquezas e os prazeres corromperam o
coração de Salomão ao final de sua vida. Tornou-se Salomão um relativista
promíscuo. Já não prestava culto e adoração exclusivamente a Deus. Inclinou-se
perante as inúmeras divindades adoradas por suas também inúmeras mulheres. Com
resultado, legou para o seu filho problemas insustentáveis que culminaram na divisão
do reino.
A história destes três
reis ilustra muito bem a influência que a motivação do coração pode trazer
sobre o nosso destino:
-o coração egoísta (Saul) e que busca apenas uma vida de
aparências, resulta em vergonha e morte;
-o coração consagrado a Deus (Davi) e
que busca, dia e noite, conhecer e realizar a vontade de Deus, resulta em honra
e vida eterna;
-o coração dividido (Salomão) e que busca agradar ao mundo e a
Deus ao mesmo tempo, resulta em frustração e derrota.
E nós? qual tem sido a
motivação dos nossos corações?
Devemos seguir vigiando as motivações do nosso coração.
ResponderExcluir"Digo a todos: fiquem vigiando."(Marcos 13:33a37)
Temos que fazer essa vigília interna e externa, ou seja, na reflexão e na ação.
É imprescindível vigiarmos a nossa fala. A Bíblia nos alerta em Mateus 15:18, que não é o que entra pela boca, que nos faz mal, mas o que sai pela boca: as palavras.
Quando deixamos as emoções e sensações perigosas, guardadas só na nossa mente, apenas Deus sabe, quando as pronunciamos, o grande inimigo das nossas almas passa a ficar sabendo também. E o intuito dele é roubar, matar e destruir (João 10:10).
Portanto, que estejamos com as nossas mentes em sintonia com a palavra de Deus, segundo o seu querer, para que as motivações dos nossos corações sejam inspiradas por Ele. Nos lembrando sempre que: "Dele e por Ele, e para Ele, são todas as coisas." Romanos 11:36.
Fabricia Leite.