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sábado, 14 de abril de 2012

Quem é Deus? (parte 4)


“Não fiquem contando vantagens e não digam mais palavras orgulhosas. Pois o SENHOR é Deus que conhece e julga tudo o que as pessoas fazem.”(1Samuel 2:3)
Deus é Deus de conhecimentos. Deus conhece todas as coisas, em todos os tempos, em todos os lugares. O nosso Deus é onisciente, seu conhecimento é absoluto. A onisciência, um dos sublimes atributos de Deus.

Conhecimento e ação. Deus não só conhece todas as coisas. O conhecimento de Deus é ativo. Ele não está inerte. Mas está agindo em favor do seu povo, embora não consigamos compreender todos os desígnios e ações de Deus, sabemos, contudo, que ele está em ação. “E os judeus perseguiam Jesus, porque fazia estas coisas no sábado. Mas ele lhes disse: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também.”(João 5:16-17)

Infelizmente, e não raras vezes, somos levianos em achar que Deus não está agindo. Costumamos nos comportar como se ele não nos ouvisse ou não enxergasse as injustiças deste mundo de pecados. Este é um terrível engano da mente humana distanciada de Deus. “Foi o SENHOR Deus quem fez os nossos ouvidos—será que ele não pode ouvir? Foi o SENHOR quem fez os nossos olhos—será que ele não pode ver?”(Salmo 94:9)

Conhecimento e juízo. Conhecendo todas as coisas, é justo que Deus também julgue todas as coisas. A justiça humana é falha, pois julga a partir dos fatos. A justiça divina é perfeita, pois julga pelas reais intenções do coração. O juízo perfeito exige um conhecimento perfeito. A perfeição absoluta só a Deus pertence.  
A mente humana não consegue e nunca conseguirá desvendar os mistérios da grandeza e do conhecimento de Deus. Resta ao homem se submeter aos juízos de Deus e aguardar a sua ação no momento certo. “Mas, ó SENHOR dos Exércitos, justo Juiz, que provas o mais íntimo do coração, veja eu a tua vingança sobre eles; pois a ti revelei a minha causa.”(Jeremias 11:20)

A justiça de Deus é tão perfeita e oportuna que deveríamos nos envergonhar dos momentos em que julgamos apressadamente ao nosso próximo. “Um só é Legislador e Juiz, aquele que pode salvar e fazer perecer; tu, porém, quem és, que julgas o próximo? (Tiago 4:12)

Conhecimento infalível. A sabedoria de Deus não é influenciada por nada. A sabedoria de Deus é imune às paixões. Já o conhecimento humano é sempre influenciado pelas circunstâncias. As ideologias do homem mudam conforme a situação e a conveniência. Lembro-me de um político e sociólogo ateu de grande destaque no país que disse certa vez que deveríamos esquecer tudo o que ele havia dito décadas atrás. Com Deus não é assim. “Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?”(Números 23:19)

Conhecimento e conforto. Saber que Deus é Deus de conhecimento absoluto e verdadeiro traz grandes implicações às nossas vidas. A principal delas é o conforto em saber que temos um Deus presente e que nos conhece melhor do que nós mesmos. O Deus da disciplina, que nos repreende com amor para nos moldar conforme a sua soberana vontade. O Deus do ensino através da Palavra revelada especialmente para o seu povo.  “O SENHOR conhece os pensamentos do homem, que são pensamentos vãos. Bem-aventurado o homem, SENHOR, a quem tu repreendes, a quem ensinas a tua lei, para lhe dares descanso dos dias maus, até que se abra a cova para o ímpio.”(Salmo 94:11-13). O nosso Deus é o Deus que dá vitória e descanso aos seus servos.


Conhecimento e sinceridade. Por fim, outra implicação da onisciência de Deus é reconhecer que não podemos nos esconder dele. Não há escondidos para Deus. Podemos nos camuflar diante das pessoas. Camuflados são hipócritas. Daí um bom motivo para abandonarmos a hipocrisia em nossos relacionamentos. Pois para Deus não há oculto. Para ele, as trevas e a luz são a mesma coisa (Salmo 139:12). Em Cristo não pode haver hipocrisia. “Ora, o intuito da presente admoestação visa ao amor que procede de coração puro, e de consciência boa, e de fé sem hipocrisia.”(1Tm 1:5)

Reconhecer a onisciência de Deus é uma das formas de nos previrmos contra o pecado e buscarmos, de coração, uma vida de sinceridade e humildade.  
“De tudo o que foi dito, a conclusão é esta: tema a Deus e obedeça aos seus mandamentos porque foi para isso que fomos criados. Nós teremos de prestar contas a Deus de tudo o que fizermos e até daquilo que fizermos em segredo, seja o bem ou o mal.”(Eclesiastes 12:13-14)

Um comentário:

  1. É formidável como esse blog da Classe de Mocidade da Ig. Presb. Jardim Pérola, me proporciona momentos de reflexões agradáveis e edificantes. Sempre nos trazendo textos de excelente qualidade e muito enriquecedores. Parabéns! Gostaria só de complementar com um versículo que, creio eu, vem a calhar nessa reflexão: “Mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o SENHOR e faço misericórdia, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o SENHOR."
    Fabrícia Leite.
    (Jeremias 9:24)

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