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quarta-feira, 18 de novembro de 2015

I - O SIGNIFICADO DO DISCIPULADO - RESUMO – PARTE 03

3) TOMANDO A CRUZ (lucas 9.23-26)
A palavra chave para a compreensão deste ponto é abnegação. Tomar a cruz é abnegar de nossas vontades em favor da vontade de Cristo. É morrer para o mundo e viver para Deus.

Pregar sobre abnegação também está fora de moda.  As marcas da igreja devem incluir a abnegação dos membros, além das tradicionais marcas que são a pregação fiel da Palavra, administração dos sacramentos e a disciplina eclesiástica.

Os esboços da confissão de fé de Augsburg, por exemplo, definiam a igreja como a comunidade dos que são perseguidos e martirizados pela causa de Cristo. Como o mundo nos mudou!
Por que não damos atenção ao mandamento da abnegação (Mt 10.38 Lc 14.27)? Simples. Porque não gostamos de confronto com o nosso eu egoísta e preguiçoso.  Queremos relacionamentos restaurados sem praticar a misericórdia; queremos resolver conflitos internos sem disciplina; esperamos prosperidade, mas sem trabalho; pedimos perdão, mas sem arrependimento.
A abnegação deu lugar ao desnecessário reforço da autoestima, da exaltação do "EU". O ser humano não precisa ser despertado para a exaltação de si mesmo. Amor próprio é algo natural, não precisa de incentivo nenhum.

I. Dizer não ao "EU"
Os elementos do discipulado não são progressivos. Jesus exigiu autonegação, tomar a cruz e segui-lo, como uma sequência simultânea na vida dos que são chamados.
O oposto da abnegação é a autoindulgência. Ser autoindulgente é a essência do pecado. É a expressão da arrogância e da exaltação do “EU”, foi o erro de Lúcifer! (Is 14.13 a 15). É a marca do não regenerado (2Pe 2.10). É uma imposição aos homens do mundo hoje (2Tm 3.1-2). É o oposto do exemplo de Cristo (Fp 2.5 a 11).

II. Dizendo "SIM" a Deus
Todavia, apenas dizer não ao "EU" não basta. É preciso uma atitude ativa do discípulo.
Primeiramente, devemos desfazer o engano de pensar que tomar a cruz é suportar o inevitável. Lidar com problemas de saúde, crises familiares, ou dificuldades normais da vida não significa estar tomando a cruz. Exemplo: os filhos, os maridos, as esposas, o emprego, uma doença qualquer, etc, não são cruzes em nossas vidas. Estes tipos de problemas são apenas uma limitação ou tribulação da qual não podemos escapar, estão presentes, em alguma medida, na vida de todas pessoas do mundo.  

Dizer sim para Deus e tomar a cruz abrange
a)oração e estudo sistemático da Bíblia, com dedicação de tempo; 
b) doação de bens e tempo em favor do próximo (Mt 25:31-46) - amor de fato; 
c) testemunho: sair em busca daqueles que Deus coloca em nossos caminhos, com exemplos e pregação (Rm 2:21-23).

Carregar a cruz significa aceitar o que Deus nos dá ou como ele nos fez e depois oferecer de volta, isso sim, significa o nosso culto racional (Rm 12:1-2)

Carregar a cruz apresenta alguma características
a)é uma demanda universal: envolve todo aquele que segue a Cristo, que é chamado por Cristo (Jo 6:37,44); 
b)é uma demanda permanente: discipulado não é uma porta de entrada, mas uma caminho a ser seguido. Envolve escolhas e decisões diárias, perenes. É estilo de vida; 
c)é uma ação intencional: envolve decisão pessoal. Ninguém tomará a cruz do discipulado em seu lugar; 
d)é uma tarefa penosa. Tomar a cruz machuca as mãos e faz moer o corpo. A cruz machuca. Assim é o serviço cristão, traz dor e ingratidão; 
e)A cruz é mortal: morte para a importância pessoal, para a autogratificação, para as vantagens e interesses pessoais.

III. Nossos olhos em Jesus
Devemos buscar uma motivação que nos impulsione ao compromisso. Devemos seguir atrás de Jesus, mantendo os olhos fixos nele. Ele caminha à nossa frente. A figura do Cristo crucificado deve nos impulsionar: "Fiz tudo isto por ti; que fazes tu por mim?".
Somos motivados pelo amor de Jesus, mediante o qual ele suportou a cruz em nosso lugar.

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