Super-Homem, Homem-Aranha, Mulher Maravilha, Batman,
Lanterna Verde, Hellboy etc. A humanidade é fascinada pelo poder. O exemplo
mais clássico desse fascínio é a criação de heróis. Desde a antiguidade na
mitologia grega até o sucesso das telas da tevê e do cinema no século XX, a
criação de super-humanos poderosos é algo que está geneticamente acoplado ao
homem.
Nada seduz mais o homem do que o poder.
Nada seduz mais o homem do que o poder.
Mas qual a origem do poder?
A origem do poder está em Deus. Deus é Poder. Ele é o chamado El-Shadadai, o Deus Todo-Poderoso. Assim ele se apresentou a Abraão. Assim ele se apresenta a nós.
Criamos imaginários seres poderosos porque não temos o poder que gostaríamos de ter. Quanto mais poder um homem adquire, mais poder ele quer. É uma sede insaciável. A razão disso, é que na verdade, estamos muito distante do verdadeiro poder. Estamos distantes de Deus.
O pecado distanciou o homem do Deus Todo-Poderoso. O pecado distanciou o homem do Poder. “Pois são os pecados de vocês que os separam do seu Deus, são as suas maldades que fazem com que ele se esconda de vocês e não atenda as suas orações” (Isaías 59:2).
O distanciamento e a rebeldia contra Deus fez o homem cair na necessidade constante de criar projeções de poder e de grandeza que lhe falta em razão da opção feita por Adão de seguir suas próprias vontades e desejos alheios ao poder verdadeiro que está somente em Deus.
Sem a intimidade com o Deus Todo-Poderoso, somos fracos e
impotentes. Criamos e admiramos heróis imaginários para suprir nossa carência
de intimidade com Deus. Alheios ao Deus verdadeiro, o Deus de Abraão, de Isaque
e de Jacó, criamos ou nos tornamos nosso próprio deus.
Mas Deus não se torna menor em razão do pecado humano. Deus
é a fonte e a origem de todo o Poder. Seu poder está no fato de que ele pode
fazer qualquer coisa a partir do nada. As coisas divinas se distinguem entre
autoridade e poder. Deus tem ambas. Deus tem o direito soberano e autoridade
sobre o ser humano. “Para ele, os seres humanos não têm nenhum valor; ele
governa todos os anjos do céu e todos os moradores da terra. Não há ninguém que
possa impedi-lo de fazer o que quer; não há ninguém que possa obrigá-lo a
explicar o que faz. ” (Daniel 4:35)
Deus tem a salvação e a perdição em suas mãos. Dele são as chaves da justiça e da misericórdia. Lutar contra Deus é ter a certeza da derrota. Nada acontece sem a permissão ou fora dos limites de Deus. “...porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas”(Rom 13:1)
Como podemos então perceber neste mundo a manifestação do poder de Deus?
1)O poder de Deus é manifesto na obra da criação. Tudo foi criado a partir da determinação de Deus. Ele não precisou de matéria original. Já o homem só pode criar a partir de substâncias já existentes. O homem não é capaz de criar nada, o homem apenas manipula os elementos já existentes. Criar é da essência de Deus. “Pois ele falou, e o mundo foi criado; ele deu ordem, e tudo apareceu.”(Salmo 33:9)
2)O poder de Deus é manifesto na conversão das almas. O
mesmo poder que atrai o pecador a Deus é o que conduziu Cristo para fora da
sepultura e o levou ao céu “fez o que havia resolvido e nos revelou o plano
secreto que tinha decidido realizar por meio de Cristo.”(Efésios 1:9). O poder
manifesto na conversão do homem pecador é maior que o manifesto na criação.
Quando Deus fez o mundo não encontrou oposição. Mas na conversão do pecador,
ele encontra oposição de Satanás e, principalmente, da natureza corrompida do
ser humano. Todavia, a graça de Deus é irresistível. Os que são seus escutam a
sua voz e lhe obedecem. “As minhas ovelhas escutam a minha voz; eu as conheço,
e elas me seguem.” (João 10:27). O poder de Deus e irresistível.
Então, quais as implicações sobre o poder de Deus para as nossas vidas?
1)Temos de temê-lo. “Vou mostrar a vocês de quem devem ter medo: tenham medo de Deus, que, depois de matar o corpo, tem poder para jogar a pessoa no inferno. Sim, repito: tenham medo de Deus.”(Lucas 12:5). Vivemos excessivamente preocupados com a opinião e a censura alheia, seja dos amigos, dos inimigos e das autoridades deste mundo. Mas raramente nos preocupamos com a opinião de Deus. Todavia, é a opinião dele, através da Bíblia e da oração, que deveria motivar e impulsionar nossos sentimentos e ações. A salvação eterna e a condenação eterna são destinos cuja decisão cabe única e exclusivamente a Deus. Ele decide. Ele escolhe.
2)Temos de crer que seu poder está acima de qualquer circunstância. Em muitos momentos da vida nos comportamos como se o braço de Deus estivesse encolhido e não pudesse nos ajudar. Deixamos de obedecer a Deus por achar que não vale a pena e que sairemos no prejuízo se formos obedientes. Quantos ossos do corpo e da alma já foram quebrados por duvidar do poder de Deus! Se crêssemos no poder e na providência de Deus de forma irrestrita, não usaríamos balanças desonestas, não mentiríamos para fugir às responsabilidades, não nos omitiríamos em ajudar ao próximo e nem seríamos infiéis nos dízimos e nas ofertas.
3)Temos de parar de lutar contra Deus. Pecar é lutar contra o Todo-Poderoso. “A sua sabedoria é profunda, e o seu poder é grande; quem pode desafiá-lo e vencer?”(Jó 9:4). O fato de alguém se arriscar em qualquer tipo de pecado significa um desafio ao poder de Deus. É declarar guerra contra o céu. É melhor se encontrar com Deus com lágrimas nos olhos do que com armas nas mãos. “Que coisa terrível é cair nas mãos do Deus vivo!” (Hebreus 10:31)
4)Temos de nos interessar por Deus. Só assim o glorioso poder de Deus estará agindo em nosso favor. O segredo da prosperidade está na obediência. Andamos ansiosos por coisas que vão ficar neste mundo após a morte, mas pouco preocupados com as coisas eternas! Ele pode amaciar corações duros e corrompidos pelo pecado e restaurar uma vida que já caminhava para a sepultura. “Será que para o SENHOR há alguma coisa impossível?” (Gên 18:14). O interesse por Deus é demonstrado através de uma vida de oração, jejum, comunhão em igreja, e meditação nas Sagradas Escrituras. Sem estes exercícios o corpo espiritual padece.
5)E por fim, temos de reconhecer nossa fraqueza. Não somos e
nunca seremos super-heróis. O orgulho antecede à queda. Nunca existiu um
super-homem. O homem sem Deus será para sempre um super-nada. Existiu, sim, o
Deus-Homem, Jesus Cristo. O Verbo encarnado, aquele que veio em humildade e
mansidão oferecer-se em sacrifício em nosso favor. Um sacrifício puro e santo,
sem a mancha do pecado. E ele se tornou ainda exemplo para as nossas vidas. Pois
foi no poder de Cristo que o apóstolo Paulo pôde dar um dos melhores
testemunhos sobre a força que vem de Deus: ´Mas ele me respondeu: “A minha
graça é tudo o que você precisa, pois o meu poder é mais forte quando você está
fraco.´ Portanto, eu me sinto muito feliz em me gabar das minhas fraquezas,
para que assim a proteção do poder de Cristo esteja comigo.(2Co 12:9)
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