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domingo, 9 de outubro de 2011

José do Egito – perdão em qualquer circunstância


Então mandaram dizer a José: —Antes que o seu pai morresse, ele mandou que pedíssemos a você o seguinte: “Por favor, perdoe a maldade e o pecado dos seus irmãos, que o maltrataram. ” Portanto, pedimos que perdoe a nossa maldade, pois somos servos do Deus do seu pai. ....... Mas José respondeu: —Não tenham medo; eu não posso me colocar no lugar de Deus. É verdade que vocês planejaram aquela maldade contra mim, mas Deus mudou o mal em bem para fazer o que hoje estamos vendo, isto é, salvar a vida de muita gente. Não tenham medo. Eu cuidarei de vocês e dos seus filhos. Assim, ele os acalmou com palavras carinhosas, que tocaram o coração deles. (Gênese 50:16-21)

José do Egito encontrou forças em Deus para triunfar sobre uma das maiores fraquezas humanas: o desejo de vingança.

Perdoar não é fácil! O perdão é um sentimento que não satisfaz a natureza humana contaminada pelo pecado. Todavia, é cientificamente comprovado que a falta de perdão causa doenças terríveis, até mesmo o câncer. Mas, ainda assim, preferimos cultivar o ódio e aguardar o “doce” momento da vingança. O pecado nos faz estúpidos.

José do Egito estava diante do melhor momento de sua vida para exercer a vingança contra toda a maldade que sofreu. Os seus irmãos dependiam dele para tudo. Ele os estava sustentando e lhes dava segurança na terra do Egito. O pai, Jacó, já estava morto. Então, não havia melhor momento para vingar-se dos irmãos.

Porém, José era um homem realmente especial.  Ele nunca permitiu que as coisas negativas e desagradáveis que vivera pudessem afetá-lo ou prejudicar o seu relacionamento com Deus. José não era um homem de ferro ou insensível diante das fraquezas humanas. Ele tinha plena consciência de que seus irmãos deveriam ser punidos. Mas ele reconhecia que a vingança compete a Deus. José sabia que se Deus havia transformado o mal em bem, poderia transformar também o coração de seus irmãos. 

Existem circunstâncias na vida em que nos enganamos ao pensar que estamos praticando um ato de justiça, quando, na verdade, estamos praticando atos de vingança.  Vingança é a expressão do ódio. Justiça é expressão do amor. Se, por exemplo, José matasse seus irmãos, eliminaria as futuras tribos da nação de Israel. Sua intimidade com Deus lhe permitia antever o futuro! 

Só uma vida de intimidade com Deus pode nos fazer distinguir entre o que é justiça e o que é vingança.  

Perdoar é forma de expressar gratidão a Deus. Praticamos a vingança porque não pensamos no amor de Deus, mas apenas nos erros dos outros. Praticamos a vingança porque nos esquecemos que também erramos. Praticamos a vingança porque desprezamos o perdão de Deus em nossas vidas. 

No sacrifício de Cristo em nosso favor foi que alcançamos o perdão de Deus. Assim, perdoamos aos outros porque Deus nos perdoou primeiro. “Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós”(Col 3:13)

Mas como o perdão é algo contrário à natural carnal, é preciso ser praticado, exercitado e fortalecido mediante oração e submissão à vontade de Deus. E ele nos fortalecerá! 

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