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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Do HOMEM e suas crises existenciais (parte 2)

Crise existencial é uma espécie de ressaca de carnaval. 

É aquele sentimento angustiante de quem aproveitou de tudo o que podia, e que não podia, como se a folia nunca fosse se acabar. Mas a quarta-feira de cinzas chegou. Só sobraram as cinzas! E a festa acabou. E agora? O que fazer? É hora de voltar ao mundo real e arcar com as consequências do exagero. Mas as consequências nem sempre são fáceis. 

A desilusão com o mundo real é um sintoma de crise existencial.

Ao meditar sobre a vida do homem entregue somente aos prazeres e ambições, o rei Salomão nos dá um excelente exemplo da crise existencial que os atinge. Viver em função dos prazeres ou da satisfação dos próprios desejos é como correr atrás do vento. “Tudo quanto desejaram os meus olhos não lhes neguei, nem privei o coração de alegria alguma, pois eu me alegrava com todas as minhas fadigas, e isso era a recompensa de todas elas. Considerei todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também o trabalho que eu, com fadigas, havia feito; e eis que tudo era vaidade e correr atrás do vento, e nenhum proveito havia debaixo do sol”(Ecl 2:10-11)

Crises existências existem em razão do fato de perder o foco da vida. Viver fora do propósito correto é viver em crise. É perder o rumo. É vida de fim de carnaval.
   
Já vimos que a razão maior da nossa existência é glorificar a Deus e o resultado de uma vida que glorifica a Deus é o encontro da verdadeira satisfação e alegria.

Então, o que é glorificar a Deus?

Glorificar a Deus é um sentimento de apreciação. É entronizá-lo acima de todas as demais coisas da vida. É saber que Ele está acima de tudo e de todos.  “Pois tu, ó SENHOR, estás para sempre acima de tudo e de todos” (Slm 92:8)

Glorificar a Deus é um sentimento de adoração. É reconhecê-lo como rei supremo e absoluto de nossas vidas. Reconhecer que Ele governa com poder. “Louvem o SENHOR, o grande Deus! Todo o povo levantou os braços e respondeu: —Amém! Amém! Aí se ajoelharam e, com o rosto encostado na terra, adoraram a Deus, o SENHOR” (Neemias 8:6)

Glorificar a Deus é um sentimento de afeição. É amá-lo incondicionalmente, pois Ele nos concedeu a vida e nos dá tudo o que precisamos para cultuá-lo. “Portanto, amem o SENHOR, nosso Deus, com todo o coração, com toda a alma e com todas as forças. Guardem sempre no coração as leis que eu lhes estou dando hoje e não deixem de ensiná-las aos seus filhos. Repitam essas leis em casa e fora de casa, quando se deitarem e quando se levantarem.”(Deu 6:5-7)

Glorificar a Deus é um sentimento de sujeição. É estar pronto a servi-lo e oferecer-se a Ele. É estar pronto a abrir mão das próprias vontades e dos desejos que nos impedem de cumprirmos o propósito para o qual fomos trazidos à existência. “Como fiel soldado de Cristo Jesus, tome parte no meu sofrimento. Pois o soldado, quando está servindo, quer agradar o seu comandante e por isso não se envolve em negócios da vida civil.”(2Tm 2:3-4)


Assim, glorificar a Deus é colocá-lo em primeiro lugar em nossas vidas, é reverenciá-lo como nosso Senhor e Rei, é amá-lo mais do que a tudo e a todos. Porém, estas não são atitudes meramente contemplativas, mas práticas. Glorificar a Deus é agir a seu serviço. É executar com prazer e alegria às suas santas ordenanças. 


Na próxima postagem meditaremos sobre as maneiras de glorificá-lo.

Um comentário:

  1. Glorificar a Deus é nos dedicarmos ao seu serviço, tornando-nos um instrumento em suas mãos para que a sua glória seja refletida ao mundo através de nossas vidas. Para tanto, é imprescindível vivermos em santidade, aniquilando de nossas vidas qualquer manifestação das obras da carne e sermos cheios dos frutos do Espírito, segundo a palavra de Deus:
    “Ora, as obras da carne são manifestas, as quais são: a prostituição, a impureza, a lascívia, a idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as contendas, os ciúmes, as iras, as facções, as dissensões, os partidos, as invejas, as bebedices, as orgias, e coisas semelhantes a estas, contra as quais vos previno, como já antes vos preveni, que os que tais coisas praticam não herdarão o reino de Deus. Mas o fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade, a mansidão, o domínio próprio; contra estas coisas não há lei.” (Gálatas 5:19a23)
    Fabricia Leite.

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