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sábado, 4 de fevereiro de 2012

BÍBLIA - a chave da verdade (parte 4)

A Bíblia deve ter autoridade sobre as nossas vidas? De onde vem esta autoridade?

PRIMEIRO -    DA AUTORIA E INSPIRAÇÃO DIVINA
A autoridade das Sagradas Escrituras não procede de qualquer intervenção humana. Ao contrário, a autoridade da Palavra de Deus se impõe na história da humanidade, mesmo contra a vontade dos seres humanos.

O poder de Deus atua independente da ação contrária e desobediente do homem. Na pessoa de Adão, o primeiro homem, o qual possuía a plena capacidade de permanecer em obediência, o ser humano fez a escolha errada e desobedeceu a Deus, perdendo, assim, a intimidade com o criador. O primeiro homem nos deixou um legado de pecado e imperfeição que nunca poderíamos, por nossas próprias forças ou capacidade, recuperar junto ao criador.

Mas, na sua infinita misericórdia e amor pelos seres humanos, Deus agiu através de homens inspirados por ele próprio “porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo.” (2 Pedro 1:21) para que pudessem, no decorrer dos séculos nos legarem a revelação definitiva do propósito de Deus para a existência humana, principalmente o meio para o resgate da intimidade perdida no início.

Por isso,“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça,” (2 Timóteo 3:16)

SEGUNDO - DA INTERPRETAÇÃO SEGUNDO A ATUAÇÃO INTERNA DO ESPÍRITO SANTOA autoridade das Sagradas Escrituras reside também no fato de que a interpretação do seu conteúdo é uma tarefa que está muito além da capacidade humana.

Utilizar pura e simplesmente ferramentas humanas resultará em contradição. “Quanto a vós outros, a unção que dele recebestes permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é falsa, permanecei nele, como também ela vos ensinou.” (1 João 2:27)

A verdade revelada nas páginas da Bíblia somente será coerente e eficaz quando interpretada sob a luz concedida pelo Espírito Santo de Deus, enviado por Jesus Cristo como consolador e orientador de nossas vidas: “Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus.  Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o seu próprio espírito, que nele está? Assim, também as coisas de Deus, ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus.  Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e sim o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente.” (1 Coríntios 2:10-12)

A leitura e a meditação na Palavra de Deus exigem, acima de tudo, humildade e sujeição a Deus, exige o reconhecimento de nossas limitações. Por exemplo, eu não posso ler a Bíblia para encontrar justificativa para os meus desejos e vontades, ao contrário, devo ler a Bíblia para encontrar o desejo de Deus para a minha vida. Se assim não o fizer, estarei zombando da revelação especial de Deus: “... há certas coisas difíceis de entender, que os ignorantes e instáveis deturpam, como também deturpam as demais Escrituras, para a própria destruição deles.” (2 Pedro 3:16)

TERCEIRO - DA INTERPRETAÇÃO: A PALAVRA PELA PALAVRAConfiado na autoridade vinda da autoria Divina e na capacidade conferida pelo Espírito Santo, nós temos a certeza de que as Sagradas Escrituras formam um todo coerente, verdadeiro e com eficácia plena para nos mostrar aquilo que Deus requer de nós.

A coerência das Escrituras se confirma não pela compreensão isolada dos textos ou dos livros que a compõem, mas da coesão e coerência da obra como um todo. Isolar textos bíblicos e interpretá-los ao sabor das vontades e caprichos humanos é deturpar o sentido da obra inteira e fonte de engano e mentira.

O único meio seguro, nobre e santo de apreender e compreender a Palavra de Deus é buscar nela mesma a coerência e a verdade que o Espírito de Deus nos quer comunicar. Devemos, para isso, seguir o exemplo dos crentes da cidade de Beréia: “Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim.” (Atos 17:11) Ao ouvirem a mensagem falada do evangelho, eles procuravam a confirmação na própria Escritura.

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