“Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade” (João 4:24)
O que é adorar em espírito?
Recapitulando as últimas postagens, vimos que o fim
principal do homem nesta vida é glorificar a Deus que o criou. Vidas que não
glorificam, são vidas em crise existencial. Vimos ainda sobre a essência de
Deus. Deus é espírito.
Cientes de que Deus é espírito, nada seria mais lógico do
que adorá-lo em espírito. Uma adoração verdadeiramente espiritual é uma
adoração pura. O corpo é apenas um instrumento para expressar um sentimento da
alma. O anseio e o desejo pela adoração devem vir do espírito do cristão. “Porque
fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo.” (1Co
6:20)
Assim, glorificar “no”
corpo, indica que a motivação se originou no espírito e não em prazeres carnais.
O espírito é mais puro do que o corpo. Por isso, o ato de
glorificar não deve estar focado na satisfação do corpo, mas no fruto do
espírito. E qual é o fruto do espírito? “Mas o Espírito de Deus produz o amor,
a alegria, a paz, a paciência, a delicadeza, a bondade, a fidelidade, a
humildade e o domínio próprio. E contra essas coisas não existe lei.”(Gálatas
5:22-23)
Glorificar a Deus em espírito é buscar adorá-lo através de
ações que demonstrem transformação genuína. É comum confundir adoração com
músicas, cânticos, hinos e até mesmo expressões corporais. Estas maneiras são
apenas algumas das formas de se expressar a adoração, algumas delas,
perigosamente, costumam satisfazer mais ao corpo e a vaidade do que a Deus.
Porém, verdadeira adoração é um estilo de vida. É viver para
agradar a Deus. Adorar em espírito é agradar a Deus com nossas intenções e com
nossas ações.
Outro aspecto importante é que adorar é em espírito é
adorá-lo sem cerimônias. As cerimônias cheias de requisitos como as prescritas no
Antigo Testamento, apontavam para o ministério de Cristo, o qual já se realizou
em nosso favor. Jesus não veio revogar as leis cerimoniais, mas cumpri-las. “Não penseis que vim revogar a Lei ou os
Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir.”(Mateus 5:17)
Não é o cerimonial solene e nem a descontração carnal do
culto que o torna espiritual. Não é a pompa exterior da adoração que Deus
aceita, mas a pureza interior e a reverência.
Por exemplo, uma breve oração feita com humildade sincera,
focada nas reais necessidades do espírito,
pode ter muito mais virtude e eficácia perante Deus do que qualquer oratória
empolgante ou uma orquestra sinfônica grandiosa. Lembremo-no da curta oração
feita pelo publicano cobrador de impostos: “—Mas o cobrador de impostos ficou
de longe e nem levantava o rosto para o céu. Batia no peito e dizia: “Ó Deus,
tem pena de mim, pois sou pecador! ”(Lucas 18:13)
Na próxima postagem vamos abordar sobre algumas implicações quanto ao fato de Deus ser um espírito infinito.
Quando o culto a Deus não é moldado como um estilo de vida, o culto acaba se transformando num mero formalismo vazio.
ResponderExcluirConsiderando que Deus é espírito, os verdadeiros adoradores, devem ser impermeáveis as manifestações de exterioridades cultuais.
"Porque o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim, e com a sua boca, e com os seus lábios me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, que maquinalmente aprendeu." (Isaías 29:13)
Fabrícia Leite.