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quarta-feira, 28 de março de 2012

Quem é Deus? (parte 2)


“Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade” (João 4:24)
O que é adorar em espírito?

Recapitulando as últimas postagens, vimos que o fim principal do homem nesta vida é glorificar a Deus que o criou. Vidas que não glorificam, são vidas em crise existencial. Vimos ainda sobre a essência de Deus. Deus é espírito. 

Cientes de que Deus é espírito, nada seria mais lógico do que adorá-lo em espírito. Uma adoração verdadeiramente espiritual é uma adoração pura. O corpo é apenas um instrumento para expressar um sentimento da alma. O anseio e o desejo pela adoração devem vir do espírito do cristão. “Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo.” (1Co 6:20)

Assim,  glorificar “no” corpo, indica que a motivação se originou no espírito e não em prazeres carnais.  

O espírito é mais puro do que o corpo. Por isso, o ato de glorificar não deve estar focado na satisfação do corpo, mas no fruto do espírito. E qual é o fruto do espírito? “Mas o Espírito de Deus produz o amor, a alegria, a paz, a paciência, a delicadeza, a bondade, a fidelidade, a humildade e o domínio próprio. E contra essas coisas não existe lei.”(Gálatas 5:22-23)

Glorificar a Deus em espírito é buscar adorá-lo através de ações que demonstrem transformação genuína. É comum confundir adoração com músicas, cânticos, hinos e até mesmo expressões corporais. Estas maneiras são apenas algumas das formas de se expressar a adoração, algumas delas, perigosamente, costumam satisfazer mais ao corpo e a vaidade do que a Deus.

Porém, verdadeira adoração é um estilo de vida. É viver para agradar a Deus. Adorar em espírito é agradar a Deus com nossas intenções e com nossas ações.

Outro aspecto importante é que adorar é em espírito é adorá-lo sem cerimônias. As cerimônias cheias de requisitos como as prescritas no Antigo Testamento, apontavam para o ministério de Cristo, o qual já se realizou em nosso favor. Jesus não veio revogar as leis cerimoniais, mas cumpri-las.  “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir.”(Mateus 5:17)

Não é o cerimonial solene e nem a descontração carnal do culto que o torna espiritual. Não é a pompa exterior da adoração que Deus aceita, mas a pureza interior e a reverência

Por exemplo, uma breve oração feita com humildade sincera, focada nas reais necessidades do espírito, pode ter muito mais virtude e eficácia perante Deus do que qualquer oratória empolgante ou uma orquestra sinfônica grandiosa. Lembremo-no da curta oração feita pelo publicano cobrador de impostos: “—Mas o cobrador de impostos ficou de longe e nem levantava o rosto para o céu. Batia no peito e dizia: “Ó Deus, tem pena de mim, pois sou pecador! ”(Lucas 18:13)

Na próxima postagem vamos abordar sobre algumas implicações  quanto ao fato de Deus ser um espírito infinito.

Um comentário:

  1. Quando o culto a Deus não é moldado como um estilo de vida, o culto acaba se transformando num mero formalismo vazio.
    Considerando que Deus é espírito, os verdadeiros adoradores, devem ser impermeáveis as manifestações de exterioridades cultuais.
    "Porque o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim, e com a sua boca, e com os seus lábios me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, que maquinalmente aprendeu." (Isaías 29:13)
    Fabrícia Leite.

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