“Deus disse a Jacó: —Apronte-se, vá para Betel e fique morando lá. Em Betel construa um altar e o dedique a mim, o Deus que lhe apareceu quando você estava fugindo do seu irmão Esaú. Então Jacó disse à sua família e a todos os que estavam com ele: —Joguem fora todas as imagens dos deuses estrangeiros que vocês têm. Purifiquem-se e vistam roupas limpas. Aprontem-se, que nós vamos para Betel. Ali vou fazer um altar dedicado ao Deus que me ajudou no tempo da minha aflição e que tem estado comigo em todos os lugares por onde tenho andado” (Gênesis 35:1-3)
Depois de duas análises anteriores sobre a frustrante
esperteza de Jacó e suas tristes conseqüências, façamos algumas breves considerações
sobre a transformação que Deus operou na vida dele.
Quando Deus se apresentou para Jacó em Betel sua vida
iniciou um processo de transformação lenta, porém radical.
Jacó estava perdido na vida, pois estava fugindo do irmão,
distanciando-se de sua família, sentido um medo danado de morrer em razão de
suas trapaças e golpes. E, realmente, ele corria grandes riscos. Mesmo assim,
Jacó não estava buscando a Deus, ele estava buscando uma fuga. E foi Deus quem
o encontrou deitado sobre um travesseiro de pedra.
Na nossa vida também é
assim. Nossa natureza pecaminosa, contaminada desde Adão e que nos inclina
somente para o mal, nos impede de buscar a Deus. É como se estivéssemos
dormindo em travesseiros de pedra. É por isso que Deus é quem se apresenta a
nós. “Não foram vocês que me escolheram;
pelo contrário, fui eu que os escolhi para que vão e dêem fruto e que esse
fruto não se perca. Isso a fim de que o Pai lhes dê tudo o que pedirem em meu
nome” (João 15:16)
A partir daquele momento a vida de Jacó não foi mais a
mesma. Ele aprendeu duras lições. Foi trapaceado pelo sogro. Foi o obrigado a
casar-se com duas esposas. A sua esposa amada não podia lhe dar filhos e isso
lhe trouxe grandes angústias. Quando, finalmente, sua esposa Raquel lhe deu
filhos, a alegria não durou muito. Após o nascimento do segundo filho de Raquel
ela morreu. Alguns anos depois, José, o filho preferido de Jacó foi dado como
morto e passou muitos anos distante do pai. A vida de Jacó foi sofrida, mas ele
era um homem diferente, pois sabia ser alvo das promessas de Deus.
Jacó lutou com Deus, mas Deus o salvou e o transformou. A
salvação que vem de Deus necessariamente envolve transformação. A vida
transformada é evidência da salvação. Foi assim com Jacó e é assim conosco
também. Deus mudou o nome e a vida de Jacó. Agora ele seria Israel, um nome que
demonstra que Deus luta a nosso favor e que só ele é capaz de vencer nossa
natureza pecaminosa e nos dar uma nova natureza. Após lutar, Jacó ficou fisicamente manco, mas espiritualmente íntegro diante de Deus.
Os sofrimentos tornaram Jacó um homem obediente e o fizeram compreender que é Deus quem manda. Deus é quem está no controle e sua vontade sempre prevalece. Cabe ao homem ser obediente, reverente, ter temor e amor a Deus. Nossos sofrimentos, quase sempre, são um sinal de alerta que Deus nos dá para que tenhamos uma vida de submissão. Para evitar maiores sofrimentos, então, é importante buscar os caminhos traçados por Deus em sua Santa Palavra.
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