“Naquela noite o SENHOR apareceu a ele e disse: —Eu sou o Deus de Abraão, o seu pai. Não tenha medo, pois eu estou com você. Por causa do meu servo Abraão, eu abençoarei você e farei com que os seus descendentes sejam muitos" (Gênesis 26:24)
Parece estranho falar sobre Isaque, filho de Abraão e de
Sara – servos exemplares de Deus, como sendo alguém que viveu em um lar
problemático. Será que estamos duvidando da capacidade de Abraão como chefe de
família? Não. Simplesmente, estamos reconhecendo que tais personagens são gente
como a gente e que problemas familiares não é nenhuma novidade inventada pelo mundo
moderno. A diferença está nas maneiras de lidar e de “sobreviver” a estes
problemas.
Vejamos algumas fontes de problemas existentes na família de
Isaque e que também estão presentes em muitos lares hoje em dia:
a) os pais de
Isaque já eram extremamente idosos quando ele nasceu, isso gera um inevitável
conflito de gerações;
b) Abraão teve um filho fora do casamento, gerando sérios
conflitos após o nascimento de Isaque, pois Ismael, seu meio-irmão mais velho,
zombava dele;
c) os padrões morais e espirituais dos povos que habitavam a
região em que Abraão vivia eram completamente opostos aos de sua família.
Isaque, humanamente falando, teria de tudo para ser um rapaz
problemático e de difícil convivência, assim como muitos de nós fomos ou ainda
somos hoje em dia. Não são poucos os adolescentes e jovens que se afundam em
drogas e outros vícios e depois colocam a culpa em problemas familiares menores
do que aqueles enfrentados por Isaque.
Então, como que Isaque conseguiu superar estes problemas familiares
e tornar-se um homem vitorioso e próspero, e ainda ser reconhecido como alguém pacificador?
É simples: aprendendo a confiar em Deus.
Desde jovem, Isaque foi instruído a confiar no Deus de
seu pai. Ele compreendeu que Deus opera muito além da compreensão humana. Ele
viu que Deus providenciou um cordeiro para que sua vida fosse poupada. Abraão,
em obediência a Deus, iria sacrificá-lo, mas Deus o salvou.
Ele viu, então, que
Deus governava não só a vida de seu pai, mas também tinha planos para a sua
própria vida. Por isso, fica claro que Isaque é uma clara representação da vinda de Cristo, o cordeiro que morreu em nosso lugar para nos salvar.
Isaque reconhecia que sua família, apesar dos problemas,
seguia ao Deus altíssimo e fiel em suas promessas. Ao contrário dos povos ao
seu redor que eram idólatras, hostis a Deus e praticantes de todo o tipo de
abominações e pecados, a família de Isaque buscava ao Deus único e verdadeiro.
Ele compreendia o plano de Deus e aceitou até mesmo casar-se com uma moça
disposta a seguir os mesmos princípios religiosos e morais dele, apesar de nem
mesmo conhecê-la. Está aí a prova de que o que preserva um relacionamento é a
disposição de ambos em seguir um mesmo princípio religioso.
Porém, Isaque cometeu alguns erros sérios em sua vida adulta
e também na velhice. Assim como Abraão, ele mentiu sobre o verdadeiro
relacionamento entre ele e sua esposa por medo de morrer. E, mais tarde, ele
teve preferência por um de seus filhos e não deu a devida atenção à
determinação de Deus de que o mais velho (Esaú) serviria ao mais moço (Jacó).
Bom, após estas considerações iniciais sobre a vida de
Isaque, lembramos os alunos de que no domingo todos devem chegar à aula
dispostos a participarem da discussão e dos questionamentos. Para tanto, é
fundamental a leitura da lição 4 e também dos capítulos 21,22,25 e 26 do livro
de Gênesis. Até domingo, se Deus o permitir!
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